Quem pode, manda. Aí está uma jogada muito difícil e arriscada do cartel das cinco grandes petrolíferas- onde o mundo anglo-saxónico domina, claro-a tentarem entrar em força no mirífico espaço petrolífero do Iraque. Querem eles lá saber da guerra! E como a decisão do governo iraquiano é exploratória, tratam de se colocarem na pole-position à espera de solidificarem posições para conquistarem os contratos definitivos para novas explorações. Tudo isto vem hoje muito bem explicado na edição mundial do NY Times, num artigo de Andrew E. Kramer.
A ExxonMobil, a Shell, a BP, a Total e a Chevron ultrapassaram mais de 40 companhias concorrentes do ramo, algumas de origem chinesa, russa e indiana. A russa Lukhoil abandonou mesmo o teatro das operações. Estes tipo de contratos sem concurso são especiais e tendem a acelerar a rápida recuperação das infra-estruturas de produção iraquianas severamente destruídas ou enfraquecidas pela guerra civil. E colocam os " escolhidos " parceiros em vantagem para assegurarem o aluguer dos ricos campos de petróleo da antiga Mesopotâmia.
Se a Venezuela, a Bolívia, a Rússia e o Kasaquistão quase que gelaram e nacionalizaram todo o processo produtivo, a hipótese de recuperação do ouro negro e do gás iraquiano vem criar grandes expectativas no mundo dos negócios e da política internacional. Resta saber- e é a grande incógnita- como se processará a intervenção do autêntico cartel mundial no terreno. E que tipo de insurreição terão que combater. E a que preço, como é evidente.
" Trabalhar nos desertos e nos pântanos ricos em petróleo requer alta segurança, expondo as companhias aos mesmos perigos logísticos que fizeram retardar o desencadear de todo o processo, sobrecarregando o preço da reconstrução das infra-estruturas", diz o jornalista. E o parlamento iraquiano ainda não acabou de compor a Lei da extracção do ouro negro, alvo de avessas e atribuladas negociações entre os lobbies e o poder politico das três comunidades étnicas que se activam no Iraque.
A.E. Kramer:www.iht.com/articles/2008/06/19…
FAR
6 comentários:
Todas estas decisões estão a ser anunciadas uma semana após a reunião Bilderberg 2008. Muitos avales devem ter sido aí dados.
Encontros secretos, cartéis, só não se chama conspiração porque o politicamente correcto hoje é chamar-lhes "Lobbying".
Resta saber- e é a grande incógnita- como se processará a intervenção do autêntico cartel mundial no terreno. E que tipo de insurreição terão que combater. E a que preço, como é evidente.
A BlackWater tem 30 000 efectivos no terreno. Será agora que chega aos 100 000 ?
Insurreição: tudo depende de onde forem explorar. Se for no triângulo sunita (falujá), no curdistão estão mais ou menos tranquilos (e acho que é aí que há mais petróleo) porque os líderes locais são relativamente fáceis de subornar. Se forem para zonas onde os Sadristas têm influência, vai ser complicado. A não ser que negociem na sombra acordos com o Irão.
obviamente queria escrever "no triangulo sunita, E/OU no curdistão"
Tárique: Óptimo. Assim se vê, quem anda para a frente. E por bem.A estudar os dossiers. Avanti.FAR
Se eu me chamasse Tárique assinava anónimo
Tárique: Óptimo. Assim se vê, quem anda para a frente
não era: «assim se vê a força do PC?»
ass: Movimento Anónimos Unidos Jamais Serão Vencidos
POEMA AO FAR
FAR, oh grande timoneiro,
Sol que ilumina o nosso blogue
Nunca por nunca nos deixes
às escuras
E trinca esses IPs
como um buldogue
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