segunda-feira, 17 de maio de 2010

Feira do Livro Anarquista

Carregar na imagem para ver o programa em detalhe.

17 de Maio: um grande dia para Portugal

Hoje foi grande dia para Portugal, no seu caminho para os valores da civilização e do respeito por todos os seres humanos: foi promulgada a lei sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Também ficou claro que Cavaco o fez a contra-gosto, supostamente para não "arrastar" a questão. Mas não deixou de apresentar um pedido de desculpas público ao país pela ousadia, não vá o eleitorado da direita chatear-se. Antes assim, pois muitos já supunham que a lei não passaria pelo PR. Por feliz coincidência o anúncio da promulgação acontece no Dia Mundial contra a Homofobia, cujas celebrações incluíram a Marcha contra a Homofobia e a Transfobia, em Coimbra, a cuja divulgação este blogue não se associou apenas por lapso meu.

A cabeleireira


Nova Iorque é uma cidade onde se encontram nas ruas os fotógrafos e seus modelos. Aqui uma modelo a ser peparada. Meat Packing District, Nova Iorque.

Foto Jota Esse Erre

Boas vindas...

...À Sofia Aguarela, mais recente aquisição do 2+2=5!

(Este post tem os comentários fechados, a partir das 14:45 de 20 de Maio, por razões óbvias.)

Mundo Cénico.


Se arrepia, é porque é bom. Se faz tinir os ouvidos, como eco gordo numa sala fechada ou um par de chapadas estalando perto dos tímpanos, é porque é excelente.

Just whistle


Lauren Bacall e Humphrey Bogart

Sinais


Desenho Maturino Galvão

domingo, 16 de maio de 2010

Amor na blogosfera


Fatal Attraction. Directed by Adrian Lyne. With Michael Douglas, Glenn Close, Anne Archer

A caixa de comentários do blogue atrai-me.

anaCrónica 20

Papadofila/ ludicasta

O papa semeia semeia semeia e nada
O crente vai mais casto atrás da carne ou da uva
Na banda larga e mesmo na vizinhança
Cometer com outra gana o que lhe proibiram em coro
E os padres com tanto rapazinho de pobreza exposta
À castidade dedicam santa aspirina remédio santo
Na busca da disfunção eréctil que os desatormente
Pois não há idade para pertencer aos Céus
E só se pertence sem desejos a eles
Dominada a besta e entregues ao breviário
Este entre mãos para tê-las ocupadas
Sem sucumbir ao entre pernas teodolito
Medidor de fronteiras e odores
E desaforado vertiginoso cobremaníaco

E porque não a excisão
Da gaita pois que o berbigão é delas
E não dos ordenáveis proprietários de castos pirilaus?

O papa semeia semeia semeia
E lá ordenam senhoras os anglicanos
A poucos metros de São Pedro
Praça da sua janela global
- Se há de oportunidade é a dele em poliglotismos alemanizados
Ritual mais que ateu pois apenas ecrã e microfone
Nem altar nem tecto sistino nem nada
Só plano americano e primeiro também e claro
Mais que água benta a mineral -

Intérpretes pois as senhoras
Do velho e do novo testamentos
O que só no masculino está prescrito
Pois só pelo filtro da cinzenta massa
Macha a palavra pode ser exegetada
Como deve ser

O papa semeia semeia e nada
O povoléu enche a praça
Curte a terapia em catarse concertante
E depois regressa ao pecado
Todas e cada um o seu
A mulher do parceiro certamente
Pois é mais picante que a própria
A masturbação penitente
No genuflexório pois
Para o mais novo ordenança ainda
Na presença dos mármores
E dos arrependidos
Das paredes pendurados
E mesmo os mais devotos
Tudo devem ao Tartufo
Pois o diabo está no neurónio instalado
Como uma carraça tresmalhada
Que o desejo não pede para entrar
Já lá anda

Ele há outros cometimentos
Que assinalam que o bicho mano
Só mano é na solto-manidade total
Sem trela nem rédea
Assim à moda do natural
Mas tal receita não tem evangelho que a prescreva
Nem bula que a torne medida
Tragédia da contradição
Que só muita contrição atenua
Sem garantia pois
Atenua atenua atenua

O papa semeia semeia
E as meninas vão com as meninas
E os rapazes com os rapazes
Já de Safo a coisa vem
E sabe-se que o Sócrates o Alcibíades papava
Ou era papado pelo infante discípulo
Belo mas não sábio
Daí vem o Papado como período
Papado durante o período
O período para a ordem masculina casta da coisa
É o equivalente do período
Para a ordem feminina da coisa
Essa fronteira que o papa re-semeia
Constantemente
Para salvar o mundo claro
Da guerra civil dos sexos
Pois se sangram é por alguma razão
Que eles apenas sangram por trás e quando
As almorróidas vindas da especiaria assassina visitam
Sem passaporte as partes merdoprodutoras
Portanto este papado é o papado do período do teólogo
Que mais Aristóteles das metafísicas é Rástzingaro
Para as impor assim duro às mais que físicas
As verdadeiras metas espirituais
Pura teoria e pura abstracção descorporificada
Baseada na pura ideia e transparência
A que sobrevoa por falta de gravidade que a persiga
Sem base material que a figure
Pois o sangue do senhor é de facto vinho
E este vem da inocência da uva
Sem consciência
Fruta é
E nada é
Como a outra
A maçã
Feita com o demóino
E pura traição avermelhada
O papa semeia semeia
E o berlusconho colhe da aura
Os ardores da erecção amiga
Nas páginas nacionais de referência
Para gáudio colectivo e memória de Nero exaltada
Em busca das chamas infernais romanas que tudo redimam

Pelos paparazis colhida a gaita ex ministerial de leste
No foco de uma teleobjectiva
Prova que a Europa vai de vento em popa
E que não há melhor reforma que a dos ex mandantes
Pois melhor que biagra é sem ele erigir a coisa aos céus
Por efeito da pura natureza das coisas contracenando

Pois agora que me refaço
Das dores mediáticas que tive
Quase traumatizantes
Dedico ao senhor dos Prada
Este poemO de alento
Com finalidade didáctica

Desejo e oro com ele
Para que a castidade
A dívida púbica resolva
E comova os especuladores
E suas agências ratzingas

É tudo uma questão
de desErecção cósmica

FMR

Ilha de Moçambique. Novembro de 2009

Foto Sérgio Santimano

Sinais


Desenho Maturino Galvão

sábado, 15 de maio de 2010

quarta-feira, 12 de maio de 2010


Pintura João de Azevedo

O dia em que meu pai foi Ringo Starr


(Desenho João Neves)

Quando o JSP aqui homenageou o Roberto Carlos e o Barroca, fez referência ao Clube Roberto Carlos da Mafalala e lembrei-me de mais esta história. Por inabilidade minha, da qual não são culpados, para a entenderem ajudaria, para quem não viveu esses tempos, ler A Curva do Rio, do Naipaul, e qualquer dos Coetzee, que descreva a África do Sul.
O Barroca era um português de gema. Um Oliveira da Figueira na figura e na capacidade adaptativa. Era um bravo. Na adolescência tinha sido mandado, de castigo, para a metrópole, fazer o equivalente ao 9º ano, num internato de padres, no Norte de Portugal. Não o vergaram. Na tropa (só dois do grupo do meu pai lá foram parar) perdeu a arma durante a recruta. Foi mandado noutro castigo, agora não familiar, para a guerra no Norte de Moçambique. Debaixo de um ataque, ganzado e bêbado, foi o único a responder ao ataque inimigo. Apocalypse Now avant la lettre. Nestas andanças cafrealiza-se. Recusa a cultura do colonizador. Celebra a vida onde ainda ela faz sentido. Entra pelos compound e descobre que há uma grande festa moçambicana enquanto o caldeirão não rebenta. Arrasta os amigos e leva-os a essa enorme descoberta. Uma espécie de Os últimos dias de Saigão. Um dia desafia-os para irem a uma festa no Clube Roberto Carlos. Música do melhor. Dilon Djindji , rock e claro, música do patrono. Mal saíram do carro foram muitíssimo bem recebidos. Com tombazanas e tudo. Todos, eram seis, ficaram com os nomes de um dos Beatles, mesmo que repetido. Mesmo o meu pai, i.e. o Ringo, o Ninito, i.e. o George, e o Luís Filipe. Esse mesmo Luís que entrava, em 1978, sem camisa, nas tascas da Almirante Reis, em Lisboa, a berrar que era o Sandokan e a passar por cigano (e que na Mafalala era o Paul). Essa festa, com muito de tudo e do bom, acabou com uma carga da brigada da polícia montada que se desviou dos Beatles e varreu os outros à bastonada. Penso que terem vivido isso implicou escolhas fortes. Não terá sido o primeiro momento, também não foi o último, mas foi um dia decisivo na conversão deles à democracia e ao multiculturalismo em liberdade. O Barroca, como vos disse o JSP, morreu no Brasil. Os outros andam por aí no samba-rock. É do fado. Gilberto Freire tinha razão.

Josina MacAdam




(Fotos dos Beatles da Mafalala)

Serge Gainsbourg e a arte da provocação pura e dura (2)

Sinais


Desenho Maturino Galvão

terça-feira, 11 de maio de 2010

O mar existe...

E um dia encontras-te em frente ao mar e vais soltando as tuas verdades, foges para Sul e encontras-te, descobres o teu novo rumo.
Depois, vem um nevoeiro imenso.
Recordas apenas um brilho de um olhar, um sorriso, a quentura de um corpo, uma mão que se enlaçou na tua.
Depois, há uma névoa confusa. Puta que pariu estes tempos!
Mar que já não vejo, ondas confusas que me enrolam, nuvens cheias de cinzas!
De tudo, a partir de agora, desconfio. De todos descreio.

Uivo à beira de um desgosto.
Não creio em nada.

O mar existe.
Essa é a única certeza...

Ilha de Moçambique. Novembro de 2009

Foto Sérgio Santimano

Das "polémicas", reais ou inventadas

Não me parece que haja nenhuma polémica em especial neste blogue, de momento. No entanto, impõe-se um esclarecimento quanto ao tal de Agostinho Lopes e outros assuntos: primeiro, acho estranho que se identifique a "canalha totalitária", que a há, e foi até bem nomeada pelo Armando nos comentários ao post, com a prática política de um partido tão inócuo, parlamentar, e dentro do sistema como é hoje o PCP. Segundo, no meu caso pessoal faço questão de não ter vacas sagradas, detesto rebanhos e ainda mais pastores. O exercício de memória do Agostinho Lopes quanto à história das privatizações em Portugal é fundamental, por muito que isso doa a quem insiste em acreditar (esses sim) em cantigas de embalar sopradas com a palavra mágica, "esquerda", e assim dormem um sono sossegado enquanto se vai dando cabo daquilo que significa isso mesmo, a esquerda. Terceiro, que quem me conhece, ou quem lê este blogue, sabe muito bem onde me situo perante os valores democráticos, e a exigência, tanto na prática política como intelectual, como ainda (e isso é o mais importante) na forma como se vivem os valores que se apregoam, da democracia, da liberdade e da solidariedade; por isso mesmo me espanto, oh se me espanto, que perante os maiores ataques à democracia alguns fiquem calados, preferindo continuar a confundir a forma com o conteúdo, satisfazendo-se com o mínimo denominador comum, recusando a exigência em troca, lá está, de um bom travesseiro onde deitar a sua cabeça. Quarto, dizer que é pena que alguns anónimos-não-tão anónimos, que demonstram à exaustão desconhecer o que é a democracia e a liberdade, na prática da sua vida de todos os dias, aí onde é decisivo, pretendam lançar veneno, acusando à boa maneira do novo estalinismo pessoas que estão muito acima delas, que vivem de cabeça erguida recusando o anonimato, que assumem as suas opiniões, debatem ideias e não lançam lama para cima de outros, que parece ser a única maneira como esta gente opera no mundo, eles lá saberão porquê. Quinto, e por último, tenho a certeza absoluta que a amizade e o respeito intelectual que me unem a quase, quase todos os actuais e antigos colaboradores deste blogue se mantém intactos, e que, à nossa maneira e escala, o 2+2=5 continuará a ser um blogue à esquerda e um espaço de liberdade.

Crisis, what crisis ?


Supertramp - crisis, what crisis ?

Baile dos Bombeiros

Aí está ela, a auspiciosa conjunção astral que configura uma nova Era Luxitana. Na retícula ibérica habitada pelo Povo Eleito já soam os cantos da boa-aventurança: Pur-Tu-Gal, Pur-Tu-Gal, Pur-Tu-Gal.
Devidamente alinhados e conjugados, os planetas Fátima, Futebol e Fado vão demonstrar, mais uma vez, o excepcionalismo dos Lusitanos. Citius, Altius, Fortis. Estão abertas as Olimpíadas da Razão e, obviamente, os atletas são todos Portugueses.

Mas vejamos porque os Deuses dedicaram os seus melhores planetas a Portugal, elevando os seus habitantes e fazendo da sua História o Olimpo dos outros bípedes. Sim, que nisto de Deuses, todos eles respondem a outros Deuses, ad infinitum. À excepção, claro, de um supranumerário que convenceu o ruminante Abraão- as misteriosas ervas que mastigou a caminho de Ur foram retiradas do mercado- da sua...excepcionalidade.

O planeta Fátima, como se sabe, é consagrado no Altar do Mundo. Aí acorrem regularmente, não tanto como gostariam, os devotos trinitários. Quando foi necessário avivar a centelha da humanidade que fenecia na Grande Guerra e na bancarrota financeira, assegurando que os ismos que aí vinham seriam suplantados pela oração, a escolha recaiu sobre a Zona Centro. O umbigo de Portugal... visto de perfil.
Hoje, uma vez mais, em plena catástrofe financeira, bem como as aflitivas crises associadas e dependentes, Portugal recebe o mais alto dignitário da sua religião. E já se diz que a presença física de Benedito, e a significância espiritual, ajuda os crentes a suportar a(s) crise(s). O real significado da coisa, da crise, as suas amplitude e latitude, foi, é de dizer, capturado pela banalização e pela conspiração. Krisis? What krisis? Ruminavam nas trevas pré-digitais os jurássicos embora premonitórios...SUPERTRAMP.

Declaração de interesses: Estas linhas só involuntariamente ofenderão alguém. Temos o maior respeito pelas religiões do Livro e por todas as outras e não nos escudamos nas catacumbas da psiquiatria ou nas zonas de conforto da Literatura. Fica a nota sobre o excelente “2666” de Roberto Bolaño, onde se descreve uma ‘funny condition’, a fobia aos símbolos religiosos, e circula secundariamente uma personagem penitente, que se dá a conhecer por mijar em todas as igrejas de Sonora e Sinaloa. Iconoclasta e incontinente. Gostaria, a propósito, que não continuassem a desrespeitar a minha condição de ateu.

O planeta Fado, o mais pequeno dos três, é muito complexo. Transversal e subterrâneo.
Conta a lenda que o fado cresceu afidalgado e plebeu, marialva e covarde, ébrio e virtuoso, catártico e depressivo. Esta ambiguidade negou-lhe os galões da urbanidade. Erudita acima, mas cheira rural. Pisca modernidade, mas sonha com o integralismo lusitano.
A descontinuidade de Abril desferiu-lhe severas e bem merecidas pauladas, mas o vírus resistiu e, como a psoríase totalitária, deita a cabeça de fora sempre que pode. Ele é uma alma redescoberta, ele é identidade profunda, ele é teatrinhos e musicais La Féria, ele é cantantes e cantandeiras nas boas assessorias culturais. Ajoelhai. Ele é o Senhor Fado.
Só falta convencer os Portugueses que se devem comportar como numa qualquer produção de Bollywood. De cinco em cinco minutos, esteja-se onde estiver, fazendo o que quer seja, canta-se o Fado. Isto não é ser conformista, isto é estar conformado. Se a tristeza aperta... canta-se o Fado e trocam-se as vogais.
Por exemplo, o cidadão dirige-se a um banco, pode ser o BPP que já não existe, e pede um empréstimo para comprar pão, para tratar a avozinha entrevada, pagar a renda, ou mesmo para despesas sumptuárias. Água, Luz, estudos dos filhos. O balconista dá nega. Acto contínuo, o cidadão, que é fadista e crente, em vez de protestar deve entoar: Nããããão häháháhá dinheeeeeeeeeiro.

Declaração de interesses:

O fado, embora musicalmente muito limitado, deve ser desfrutado em local próprio, mal iluminado, bem regado, e com par de bandarilhas na mão.


Por fim, o planeta Futebol. Que na langue de bois deve escrever-se planeta Benfica.
Com a conquista do trigésimo-segundo campeonato, e coincidindo com a visita de Benedito, e a retoma do Fado, podemos dizer que está de regresso o futebol de regime. Semi-totalitário, quase unânime, orgulhoso, glorioso, seis milhões de irmãos e quatro milhões de bastardos, primos, estrangeirados, liberais.
Atentemos nos emblemas (cartazes, faixas, slogans) e cruzemo-los nas órbitas dos planetas Fátima e Fado:
“Graças a Deus Sou do Benfica” e “Obrigado Pai”. Entrámos numa década prodigiosa, anunciada pela Águia Vitória e apoiada pelo movimento anti-taxidermia dos No Name Boys.

Declaração de interesses:

Não somos simpatizantes do SLB. Felicitamos o clube da roda de bicicleta pela vitória no nacional 2009/2010. A despeito de o Benfica, como notou Domigos Paciência, ter feito um terço do campeonato contra dez jogadores, e, explicou Rui Oliveira e Costa, dos exercícios de contabilidade criativa, ao nível de um Goldman Sachs. Jogadas entre o Benfica Clube e o Benfica SAD que fizeram golo no défice swap.

Bom, toda esta lenga-lenga para alertar, mercê da conjugação planetária favorável, para o surto de criatividade lusitana que aí vem. As possibilidades são todas, mas, convém saber, estender-se-ão preferencialmente, Presidente Silva dixit, para o Mar e para o Artesanato. Mais tarde, corrigiu-se a cousa do artesanato para ‘indústrias criativas’. Solte-se a vontade que o talento e a imaginação sobejam. Milhões de portugueses- leia-se, benfiquistas- acelerando as suas motas-de-água (caravelas) Atlântico dentro, com os Açores na bússola e o sonho na Patagónia. Ou a vibrante indústria criativa das Caldas da Rainha.
Pur-to-Gal, Pur-To-Gal, Pur-To-Gal.
Muito estranhamos, por tudo isto, os desentendimentos que por aqui grassam a pretexto de uma personagem que desconheço: Agostinho Lopes. Lamento.
Poderemos contribuir, nestes tempos de verbas longas do FMI, recordando o exemplo de Vasco Gonçalves quando, na iminência do colapso das contas públicas, apresentava a solução: “Não precisamos de empréstimos (FMI), precisamos de fregueses”.
Portanto, o freguês webmaster Armando Rocheteau que não dê importância à canalha totalitária. Lembre-se, caro Armando, que estas gentes defrontam-se com sérias dificuldades no relacionamento com a Verdade, com a Realidade e com a Liberdade.
Deixo-lhe um conforto axiomático: o socialismo real não é verdadeiro; e o paradoxo do filho da puta: como sei que sou livre?
Avé.

JSP

Este post é mesmo só para irritar o Armando

O presidente da Camâra Municipal de Lisboa, António Costa, um dos líderes da "esquerda democrática e moderna", recebeu o Sport Lisboa e Benfica, o clube por excelência das "massas populares".

Sinais


Desenho Maturino Galvão

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Serge Gainsbourg e a arte da provocação pura e dura (1)

I want to fuck her

Whitney Houston e Serge Gainsbourg

Pode ver um vídeo, com a conversa mais desenvolvida, aqui

Proletas em Preto e Branco


Nova Iorque. Abril de 2010

Foto Jota Esse Erre

Da Capital do Império

O fim da UEtopia?

Em tempo de crise eu fiquei à espera que o presidente da Europa tivesse vindo a público tentar acalmar os seus cidadãos quanto à crise dos PIGS (Portugal, Irlanda, Grécia e Espanha). Tive sempre uma réstea de esperança emocional que estivesse enganado e que o Tratado de Lisboa que os Bien Pensants de Bruxelas meteram à força pela garganta abaixo dos seus cidadãos fosse como diziam a unificação da Europa e não apenas uma UEtopia como me dizia o meu cérebro.
Sei também que a Bélgica é uma invenção histórica para irritar os franceses e que ninguém toma a sério os belgas, mas mesmo assim tive uma esperança vaga que alguém se lembrasse de dizer ao presidente belga da Europa (alguém ainda se lembra do seu nome?) que uma das funções presidenciais é aparecer na televisão em tempo de crise e não aguardar pelo funeral.
Nem nada. O que assistismos foi a a presidentes e primeiros-ministros a trocarem acusações entre si. O que me fez lembrar o Charles de Gaulle que afirmou certa vez que “on peut sauter sur la chaise comme un cabri en disant: ‘L’Europe! L’Europe! L’Europe!’ mas celá n’aboutit à rien e celá ne signifie rien”. Pois não. O que não é bom sinal para o que vem por aí e que poderá resultar no desmoronar do Euro e nos sonhos da tal Europa unida.
Há no entanto que começar por pôr a Grécia em perspectiva. A Grécia não é em termos económicos a Lehman Brothers. Longe disso. A falência da Lehman Brothers teve mais implicações à escala global do que a falência da Grécia ou de Portugal poderá ter. Nenhum desses países tem o peso económico ou as ligações e tentáculos à escala internacional que tinha a Lehman Brothers.
Mas a crise nos PIGS traz ao de cima aquilo que a introdução do Euro foi: colocar a carroça à frente dos bois.
Uma moeda tem que ter vários atributos e um desses atributos é um governo central. Que não há e que não haverá pois um governo central não são burocratas em Bruxelas a discutirem o tamanho dos pepinos ou como é que se deve ou não fabricar queijos num qualquer canto da França. Foi por isso que os governos locais dos PIGS puderam agir irresponsavelmente para alegria dos seus cidadãos que viram o seu nivel de cima aumentar consideravelmente graças ao Euro. Euro forte significou dívidas baratas para esses paises fracos. Todos violaram o acordo sobre os défices orçamentais e nada aconteceu porque nada podia acontecer. Mas agora o Euro transformou-se numa armadilha.
No tempo do Escudo e do Drachma os governos saíam de crises deste género aumentando a sua competitividade através da desvalorização da sua moeda e de um aumento da inflação. Mas Frau Merkel e Monsieeur Sarkozy não vão permitir isso. O que singifica que para a Grécia e Portugal só há duas possiveis saídas: Cortes drásticos de despesa o que provoca uma deflação. O que significa que teoricamente vai ser uma tarefa muito árdua equilibrar as contas nestes países que pouca possibilidade têm de competir a nivel internacional. (Um estudo aqui publicado afirma que no minimo demorará até 2017 para a Grécia regressar ao nível que estava em 2008).
Daí que na semana passada na televisão eu tenha visto um analista financeiro americano a afirmar que “se vocês acreditam que a Grécia vai sair desta crise deste modo então vocês acreditam que os porcos (os tais PIGS) podem voar”.
O que leva a uma segunda alternativa: mais ajuda da Alemnha e da França o que a julgar pela reacção a este primeiro pacote será muito dificil. A Grécia pode então dizer “não temos dinheiro para pagar os juros das nossas dívidas”. O que terá consequências desastrosas para os bancos alemães e franceses. Ou então a Grécia abandona o Euro com consequências desastrosas para o projecto monetário europeu.
Impossivel de acontecer? Para a Argetnina também era impensável abandonar a ligacão da sua moeda ao dólar. Foi o que tiveram que fazer limitando depois o acesso ao dinheiro nos bancos para se evitar uma “corrida” aos depósitos.
Mais preocupante ainda é que mesmo se a a UE decidir salvar a Grécia (o que este pacote não promete) não há garantias que esteja tudo resolvido. Ao fim e ao cabo o governo federal americano salvou a Bear Sterns mas teve que deixar caír a Lehman Brothers.

Da Capital do Império,

Jota Esse Erre

Sinais


Desenho Maturino Galvão

domingo, 9 de maio de 2010

Dos bruxos de trazer por casa

Cuidado com "premonições", ou podemos acabar caindo no ridículo.

Campeão Nacional 2009/2010

Arreda Canalha Totalitária


Deixem-me puxar dos galões

Não são os da tropa que não frequentei. Mas ainda andava eu no Liceu António Enes, com o Luís Carlos Patraquim, o Victor Nogueira Pereira e mais uns quantos, quando lançámos um jornal, O Progresso. Mais tarde, já a frequentar a Universidade, ainda em Moçambique, com a Joana Pereira Leite, o José Luís Faria e, salvo erro, o Castro Guerra, foi a vez de O Manifesto. Em 1976, em Évora, estava num comando internacionalista, mais o José Pinto de Sá, a Dot e o Marciano, a lançar um dazibao, afixado no Arcada, com o sugestivo título Arreda Canalha Totalitária.
O O Progresso acabou com a interferência da extrema-direita universitária moçambicana, na altura liderada pelo Mesquitela e pelo Martinez. O O Manifesto fechou porque os dirigentes da Frelimo entenderam que só eles podiam falar de Marx. A Canalha Totalitária não arredou. Sou de esquerda e prefiro o Sócrates ao Coelho. Vivo com qualquer deles. Já se triunfar a Canalha Totalitária vou ter que emigrar. Antes contem comigo para combater a canalha.

(A propósito do que leio nos blogues)

Pintura João de Azevedo

Sinais


Desenho Maturino Galvão

sábado, 8 de maio de 2010


Av. Eduardo Mondlane, Maputo. Outubro de 2009

Foto Sérgio Santimano

Sinais


Desenho Maturino Galvão

Privatizações


Convém ter memória, que tanta vezes falta neste país. Agostinho Lopes, do PCP, sobre as privatizações. Imperdivel. Via Tempo das Cerejas.

sexta-feira, 7 de maio de 2010


Jardim. Taos. Novo México

Foto Jota Esse Erre

Sinais


Desenho Maturino Galvão

A anormalidade - hipótese 1 (para o Pedro Salzedas)

Sair de si. Intelectualmente. Saber a diferença entre ter de viver a sua vida como ela é, e achar que a vida como ela parece ser é uma normatividade ética. Ter a consciência de que nascer é uma improbabilidade, e que mais improvável ainda é nascer no sítio certo. Saber (o mínimo, foda-se!) de História. Entender a diferença entre "habitual" e "normal". Estar no meio do horror enquanto se janta no restaurante, e mesmo assim jantar sem remorsos. Não sentir remorsos. Ser ético sem ser moral. Gostar de todas, mas mesmo de todas, as pessoas, mas não de como elas são: ao mesmo tempo gostar e não gostar das pessoas. Alegrar-se com o nascimento de um novo dia, e entristecer-se com o fim do anterior, rejubilar e desesperar em acordar mais uma vez. Saber que a realidade se esconde por trás de um nevoeiro espesso, e que isso não é nenhuma novidade. Que se mente mesmo quando se pensa dizer a verdade. Que não há verdade nenhuma, só há ídolos, e o maior de todos é a "verdade". Viver em todos os sítios ao mesmo tempo, a cabeça de um homem é maior que o mundo (isto é um facto científico). Por vezes ter vergonha. Muitas vezes desespero. Algumas vezes alegria. Acima de tudo, saber que não há justificação, que tudo não passa de palavras, ou mais ainda, matemática.

A normalidade - hipótese 4

Comprar o produto mais banal, e com isso contribuir para o sofrimento de milhares de pessoas; para sobreviver causar a pobreza de outros; ter de matar para não morrer; prosperar à custa da miséria; não sentir remorsos.

A normalidade - hipótese 3

Um vulcão a explodir, acordar em Washington D.C., banhos nas termas da Curía, fazer um novo partido no Alaska, pisar uma mina no Niger, comer um gelado, fazer a barba.

A normalidade - hipótese 2

Imperiais e caracóis, seguido de um jogo de snooker.

A normalidade - hipótese 1

Pensando no que quer dizer "normal", tudo é "normal".

A essência da Democracia

Todos temos direito a decidir deixar de ter direito a decidir.

One final thought

Hoje por hoje, dizer banalidades é o grito de revolta dos mediocres.

(Inspirado num blogue)

Segundo esboço de uma teoria da crise

Sentado ao sofá com o laptop nas pernas, bebo uma garrafa de Loureiro. Olha que isto da “crise”, visto assim, ate parece coisa pouca. Dou por mim pensando: crise? Qual crise? Tudo é questão de perspectiva, as usual. Quem é que está em crise? Olha, eu não estou, que agora ganho bem e trabalho no que gosto. Também os tipos do Burkina Faso não estão em crise. Ou os tipos da Mongólia, ou o o meu amigo Ian que vive em Repulse Bay, no Ártico canadiano – ainda ontem me mandou um mail, a dar conta que por lá, as focas não estão em crise, parece que voltaram a aparecer, como fazem ano após ano – embora menos ano após ano, mas isso não se enquadra na categoria da “crise”. Uma “crise” pressupõe um corte abrupto na normalidade. Mas que corte na normalidade se vê por aí? Assim como assim, só estou a ver o dos gregos que vão ter de viver sem 13º mês e subsídio de férias. Subsídio? Para subsídio já bastam as férias pagas, diz o Vasco Pulido Valente. Não há crise para o Vasco Pulido Valente. Férias? Privilégios de burguês. Abaixo a burguesia, viva o proletariado. Todos consumimos mais do que produzimos, vivemos acima das nossas posses, endividados, penhorados, amaldiçoados na nossa condição de burgueses-a-ser. Quem é que quis ser burguês? Aguenta-te filho. O Vasco Pulido Valente não vive acima das suas posses, que ele vende os artigos ao preço do mercado – foi a tí que o mercado resolveu enganar, não a ele, que tem sorte, e para mais tem apelido Valente. Eu vendo o meu produto ao preço do mercado – aulas de xadrez, dez euros à hora. Tenho sorte, o mercado não me vai enganando, há por aí ainda muito pai a querer que os putos aprendam xadrez, o xadrez agora já é visto como útil para a aprendizagem intelectual dos burgueses-a-ser do futuro, em grande parte graças à União Soviética, embora não caia bem dizer isto. Qual crise? Passa jazz no Mezzo, a garrafa de Loureiro está no fim, o meu laptop ainda sobrevive às agruras do quotidiano. Foda-se, acabou-se o vinho. Estou em crise!

Primeiro esboço de uma teoria da "crise"

Os que ganham com a "crise" que paguem a "crise".

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Da Puta cebola

a cebola é uma metáfora
e a sucessão ritual das cascas
em subtracção
seu fluxo descodificador

uma a uma
como botões soltando-se
metáfora e não cópia
batendo a asa
botões que não rosas nem pétalas esboçadas
pura transparência

uma coisa é certa
a cada descasque explícito
interpelando com as suas estrias em cobra sigilosa e curvilínea
o voyeur pensa
nos translúcidos efeitos burka
flor de amora a explodir preta na menina do olho
e suspende na respiração a prosa de imagens
então a pétala vai no rio mastigado de palavras
pelo frenesim de afluentes quotidianos e horas de ponta
mais do que metáfora
metáfoda
na sombra a ciência artesanal dos dedos
malhando na nova casca
sem especiaria nem cor de época e fruta
aluando na aleatória inversão de ocasos

trágico é habitar cebola o fim
na cebola envolvente
e nem o cru sublime do vazio divisar
da matrioska
esse aberto oposto do caroço
polegar desunhando-se
em abismo no nada rarefeito

do dedo o pulsar de articulações
no âmago em asas e fogo
remeteria a origem
no ser assim:
cebola és

o que cinicamente vence:
o perfume da cebola

convívio difícil
que os contemporâneos
trocaram pelo consenso
dos pequenos nadas em sindicatos a dias
os rumos apesar de tudo podem florir em rimas

do livro horto meu horto
de entreanov espasmodicus
poema mudado para português por

f.arom

Pintura João de Azevedo

Sinais



Desenho Maturino Galvão

terça-feira, 4 de maio de 2010

Primavera



Foto Jota Esse Erre

ASSOCIAÇÃO MOÇAMBIQUE-SUÉCIA “PONTE”

FESTA. MÚSICA. ARTE. DANÇA

15 MAIO –Kl.19.00 -ODENPLAN,69-12Andar/vån-Estocolmo

De Londres : JOÃO DONATO
Exposição e presença do artista plástico moçambicano.
Utställning och den mocambikiska konstnären närvarande
http://jonassaneceramics.blogpost.com/

MÚSICA: CELSO&BAND -CAB.
DEODATO SIQUIR www.mypace.com/deodatosiquir
MANLUCKERZ & ZIM-TRAD. UNITY

PRATOS TIPICOS: Chacuti de pato-Mandioca c/côco-Feijoada, caril,
Matapa, Chamussas, tzatsiki e muito mais ......
Entrada/Entré:100kr sócios/medlemmar 150kr n/sócios/ej medlemmar

Não se esqueça de regularizar a sua cota!
Glöm inte betala din årsavgift!
PLUSGIROT 43 45 62-5
Nosso contacto/e-mail; vanskapsforeningen.mocambique.sverige@hotmail.com

Ne me laisse pas seul


Je suis sous. Claude Nougaro

Sinais


Desenho Maturino Galvão

segunda-feira, 3 de maio de 2010

De como um editorial do DN passa do óbvio e consensual à mais despudorada defesa de uma política de direita

De como um editorial do DN passa do óbvio e consensual (O acordo grego é central para Portugal) à mais despudorada defesa de uma política de direita, com o exemplo de Rudolph Giuliani e tudo

Puni-los como criminosos

Sendo verdade que já não são crianças, a verdade é que ainda não são adultos. E o que é mais surpreendente nos números revelados pela edição de hoje do DN (pág. 16) é a taxa de reincidência em jovens até aos 21 anos no que à criminalidade violenta diz respeito.
De acordo com os dados agora conhecidos, há 153 reclusos com idades dos 16 aos 21 anos nas cadeias portuguesas, condenados a prisão efectiva pela prática de crimes graves. As autoridades asseguram que, na sua maioria, estes jovens são reincidentes. Assusta, só de pensar, a ideia de que, apesar da pouca idade, estes jovens já traficaram droga, agrediram, roubaram, violaram ou até mataram.
(…)
Mas a questão é muito simples: a taxa de reincidência destes jovens só acontece porque, quando "julgados" pela prática de crimes menos graves, acabam libertados, seja pela falta de antecedentes criminais seja, na maioria das vezes, devido exactamente à sua "tenra idade". Perante isto, consideram--se inimputáveis, acham que o sistema não funciona e que, por mais atrocidades que cometam, nunca vão ser apanhados.
É verdade que o tema está gasto e a tese bastante glosada. Mas, quando uma estratégia é boa vale, sempre a pena recuperá-la e repeti-la. O antigo mayor de Nova Iorque Rudolph Giuliani decidiu criar a teoria das "janelas partidas", isto é, punir, por mais jovem que seja o delinquente, e por mais pequeno que seja um delito. Para que aquele que parte um vidro hoje em adulto não se torne um assassino. É o que é preciso ter a coragem de fazer por cá. Sem demagogias ou falsos paternalismos.

Diário de Notícias, 3/04/2010

Ilha de Moçambique. Novembro de 2009

Foto Sérgio Santimano

Paradoxos da bola

Hoje vi adeptos de um clube habituado a ser campeão a festejar efusivamente no final de um jogo, apesar de os resultados da jornada significarem que esse clube ficará em 3º lugar. Também vi adeptos de outro clube a que ainda se vai chamando de "um dos grandes" todos sorridentes, depois de perder em casa com a Naval. Enfim, mistérios da bola.
Uma semana de boa disposição pode ser reconfortante depois de uma época inteira de azias, mas não se iludam, meus caros, que no próximo fim-de-semana terão a maior das indigestões. Está escrito.

Manifesto precário

"Somos precári@s no emprego e na vida. Trabalhamos sem contrato ou com contratos a prazos muito curtos. Trabalho temporário, incerto e sem garantias. Somos operadores de call-center, estagiários, desempregados, trabalhadores a recibos verdes, imigrantes, intermitentes, estudantes-trabalhadores...

Não entramos nas estatísticas. Apesar de sermos cada vez mais e mais precários, os Governos escondem este mundo. Vivemos de biscates e trabalhos temporários. Dificilmente podemos pagar uma renda de casa. Não temos férias, não podemos engravidar nem ficar doentes. Direito à greve, nem por sombras. Flexisegurança? O "flexi" é para nós. A "segurança" é só para os patrões. Esta "modernização" mentirosa é pensada e feita de mãos dadas entre empresários e Governo.

Estamos na sombra mas não calados. Não deixaremos de lutar ao lado de quem trabalha em Portugal ou longe daqui por direitos fundamentais. Essa luta não é só de números, entre sindicatos e governos. É a luta de trabalhadores e pessoas como nós. Coisas que os "números" ignorarão sempre. Nós não cabemos nesses números.

Não deixaremos esquecer as condições a que nos remetem. E com a mesma força com que nos atacam os patrões, respondemos e reinventamos a luta. Afinal, somos muito mais do que eles.

Precári@s, sim, mas inflexíveis."

Não deixe de visitar o blogue dos Precários Inflexíveis.

Marcha Global da Marijuana



A Marcha Global da Marijuana de Lisboa já vai na 5ª edição, tendo-se já realizado a MGM Porto no passado dia 1 e estando previstas ainda para dia 8 em Portugal a realização da MGM Braga e MGM Coimbra.

Pela primeira vez a adesão internacional à iniciativa superou as 300 cidades, fixando-se na inscrição de 314 cidades distribuídas pelos 5 continentes.


Vídeo aqui

Sinais


Desenho Maturino Galvão

domingo, 2 de maio de 2010

M.I.A. - Born Free

M.I.A, Born Free from ROMAIN-GAVRAS on Vimeo.


Chamam-lhe "o vídeo da polémica", o Youtube retirou-o, eu acho apenas que é uma excelente música e um clip magnífico. "Born Free" de M.I.A., realizado por Romain Gavras.

Pintura João de Azevedo
Pediram uma vez a Ernest Hemingway para escrever um conto em menos de oito palavras. Ele escreveu:

Vende-se
Botas de bébé.
NUNCA USADAS.

Enviado por Jota Esse Erre

Sinais


Desenho Maturino Galvão

sábado, 1 de maio de 2010

Sinais


Desenho Maturino Galvão

O Primeiro de Maio é Vermelho

... disse ela e logo ele se pôs todo Durão.
- Olha que isso agora não interessa para nada. - disse ela à beira de uma crise.
Ele não respondeu, virou-lhe as costas e foi para Bruxelas.

Ela encaminhou-se até à Àgora para ver se via Sócrates.
Qual quê! Aquilo era um manancial de Péceninos que dava dó.

Combalida como estava foi à procura de Aníbal - o dito estava de trombas a provar o fato para receber o rei que anda nú.

Pois. Bem aí o Bento.
Quanto ao resto estamos escritos...