De 1968 até ontem, Bizot (1944/2007) foi um dos mais iconoclastas dos criativos e exigentes patrões de Imprensa franceses. Após a licenciatura em Engenharia, Bizot vai para a redacção do L´Express e aprende tudo com Servan-Schreiber e Françoise Giroud, indo depois assistir ao fim do "Maio 67" nos USA...Regressou para fundar o "Actuel", bíblia mítica dos anos 80.
Jean-François Bizot era um dos monstros sagrados - a par de Serge July, de Ph.Sollers, de Bernard-Henri Lévy - do espaço mediático parisiense. Aplicou bem a herança enorme do seu avô italiano, comprou um castelo nos arrabaldes de Paris e trabalhou com audácia e charme os princípios da NovaExpress caros aos corifeus nova-iorquinos do NY Times e da New Yorker. Antecipou, de forma peremptória, o fulgor da Rolling Stone anglo-americana e seguiu como um escravo do prazer, como o contam os seus dilectos amigos Mercadet e Burnier, clicar aqui, os diktats da escrita e do pensamento mais radicais. Esteve em todas: na descoberta das novas drogas na Indonésia ou em Goa, em reportagens inéditas nos bidonvilles musicais de Kinshasa ou Lima...Alugou barcos para emitir progrmas subversivos para a China, aquando do massacre da praça Tien An Men...Escreveu dois romances autobiográficos de excepção e uma série de obras sobre o novo Jornalismo.
O artigo do Libération começa assim:
« Citizen Bizot, mort à 126 ans
Jean-François Bizot nous a quittés à l’âge de 126 ans. Vivre jour et nuit pendant 63 ans, le compte y est. 126, c’est un bon âge pour mourir.
La nuit, il adorait. Vivre la nuit, c’est d’emblée vivre en marge. Quand la ville dort, quand tout semble permis, tout est possible, le cosmos grand ouvert. Avaler d’énormes sandwiches au saucisson, descendre la vodka, se blanchir le nez, inhaler à donf, criser de rire avec ses potes collaborateurs, prendre la tête à l’infini, réveiller des gens au téléphone et pisser vingt-cinq feuillets à la chaîne. Baiser aussi ? Non, l’amour attendait l’aube, au sortir du bouclage. On ne peut pas tout faire en même temps, même lui. Encore que… Avec un peu d’organisation, des adoratrices en espoir, entre deux maquettes d’articles à changer, de 2 heures à 3 heures du matin, bien des choses sont possibles.
Citizen Kane dans son château
La nuit. On recevait un coup de fil : «Quoi ? ! Tu dors ? Mais il est minuit…» Puis, vers une plombe et demie du mat : «Bon, on descend manger un morceau et on gratte vite fait la série des douze portraits, comme ça ce sera fait, tu vois ce que je veux dire ?» S’il y avait un truc que Bizot détestait, c’était faire comme tout le monde. Bizot, le Citizen Kane de la presse underground. Plusieurs de ses amis sont devenus grâce à lui des fans absolus de Citizen Kane, le film. On peut le visionner sans arrêt et y revoir Jean-François si beau dans son miroir. »
Léon Mercadet et Patrice Van Eersel, journalistes à Actuel.
FAR
quinta-feira, 13 de setembro de 2007
Moscovo (8)
Liberdade
El Cigarrito
“Voy hacerme un cigarrito
acaso tengo tabaco
si no tengo de onde saco?
Lo más cierto es que no pito.”
Victor Jara
Nestes tempos ‘very clean’, nos quais todos se preocupam com o meu bem-estar e de todos os que me rodeiam, vai um furor na campanha contra um dos prazeres que até o próprio Salazar quis, ‘in illo tempore’, taxar. Pôr uma taxa no uso do isqueiro. Não proibir, esclareça-se, que ele era mais de tolerar certas coisas que de as interditar, embora não apreciasse muito a Liberdade...
Tolerância – aceitar o Outro, «atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniões que julgamos falsas e de viverem em conformidade com tais opiniões.». E assim deveria ser esta Europa.
Por que é assim que este continente viveu?
Não. É mentira. A Europa foi intolerante o tempo todo.
Tentou impor a sua verdade a toda a parte onde chegou.
Deformou.
E mantém-se nesta senda.
A tolerância é uma mentira muito bem vendida.
A malta que se diz da Esquerda e que até pensa e tudo o resto, cala-se bem caladinha. Tem, até, uma visão longínqua da Liberdade. Não é nada, mas mesmo nada tolerante. Esqueceu-se da Liberdade.
Parece-se cada vez mais com os ‘pilgrims’ que chegaram ao Novo Mundo e se sentem no direito de impor as suas verdades, as suas leis. Daí nasceu aquilo que agora se chama Estados Unidos da América e agora se tenta reproduzir numa coisa chamada União Europeia.
Ando mesmo preocupado. Em Paris deixaram-me mais ou menos fumar, em Dublin nem por isso e acho que em Oslo a coisa é mesmo muito complicada.
O que mais receio é fazer uma embarcação para fugir com mais uns quantos rumo a não sei onde e exigirem-me uma declaração de prazeres...
Quais são os prazeres que me restam?
Inventario à pressa: e fico lixado, quase todos acabam em –ina.
Não há qualquer esperança para mim neste país onde vejo grassar e tolerar coisas que acabam quase sempre em –ância: ganância, ignorância, intolerância.
O meu inventário deixa-me em ânsias.
Ocorre-me agora o sexo.
Parece cada vez mais perigoso.
Quanto a isso, não escrevo mais nada.
«Ay, ay, ay, un cigarrito...»
Puta de Europa esta que, de repente e sem avisar, se resolveu tornar a Madre do Puritanismo e se esquece cada vez mais da Liberdade.
O charuto de Groucho Marx não me é permitido, nem o cigarro de Bogart e nem me atrevo a atacar o cachimbo de Maigret.
A Europa enlouqueceu. É uma Polónia desgovernada por um par de Humpty - Dumpties.
Ficamos decerto mais cinzentos.
Um casal disfuncional de sexagenários no Sul de Espanha.
Que procuram eles? Nada.
O que se lhes oferece para o tempo que lhes resta de vida é apenas uma Polónia de novo nazificada. Um lugar cheio de restrições, prescrições e recomendações.
Passámos, de novo, a ser todos Judeus e condenados a um holocausto.
Onde é que está a Liberdade?
E é disso que falamos de 1789 até estes dias.
A Liberdade.
“Voy hacerme un cigarrito
acaso tengo tabaco
si no tengo de onde saco?
Lo más cierto es que no pito.”
Victor Jara
Nestes tempos ‘very clean’, nos quais todos se preocupam com o meu bem-estar e de todos os que me rodeiam, vai um furor na campanha contra um dos prazeres que até o próprio Salazar quis, ‘in illo tempore’, taxar. Pôr uma taxa no uso do isqueiro. Não proibir, esclareça-se, que ele era mais de tolerar certas coisas que de as interditar, embora não apreciasse muito a Liberdade...
Tolerância – aceitar o Outro, «atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniões que julgamos falsas e de viverem em conformidade com tais opiniões.». E assim deveria ser esta Europa.
Por que é assim que este continente viveu?
Não. É mentira. A Europa foi intolerante o tempo todo.
Tentou impor a sua verdade a toda a parte onde chegou.
Deformou.
E mantém-se nesta senda.
A tolerância é uma mentira muito bem vendida.
A malta que se diz da Esquerda e que até pensa e tudo o resto, cala-se bem caladinha. Tem, até, uma visão longínqua da Liberdade. Não é nada, mas mesmo nada tolerante. Esqueceu-se da Liberdade.
Parece-se cada vez mais com os ‘pilgrims’ que chegaram ao Novo Mundo e se sentem no direito de impor as suas verdades, as suas leis. Daí nasceu aquilo que agora se chama Estados Unidos da América e agora se tenta reproduzir numa coisa chamada União Europeia.
Ando mesmo preocupado. Em Paris deixaram-me mais ou menos fumar, em Dublin nem por isso e acho que em Oslo a coisa é mesmo muito complicada.
O que mais receio é fazer uma embarcação para fugir com mais uns quantos rumo a não sei onde e exigirem-me uma declaração de prazeres...
Quais são os prazeres que me restam?
Inventario à pressa: e fico lixado, quase todos acabam em –ina.
Não há qualquer esperança para mim neste país onde vejo grassar e tolerar coisas que acabam quase sempre em –ância: ganância, ignorância, intolerância.
O meu inventário deixa-me em ânsias.
Ocorre-me agora o sexo.
Parece cada vez mais perigoso.
Quanto a isso, não escrevo mais nada.
«Ay, ay, ay, un cigarrito...»
Puta de Europa esta que, de repente e sem avisar, se resolveu tornar a Madre do Puritanismo e se esquece cada vez mais da Liberdade.
O charuto de Groucho Marx não me é permitido, nem o cigarro de Bogart e nem me atrevo a atacar o cachimbo de Maigret.
A Europa enlouqueceu. É uma Polónia desgovernada por um par de Humpty - Dumpties.
Ficamos decerto mais cinzentos.
Um casal disfuncional de sexagenários no Sul de Espanha.
Que procuram eles? Nada.
O que se lhes oferece para o tempo que lhes resta de vida é apenas uma Polónia de novo nazificada. Um lugar cheio de restrições, prescrições e recomendações.
Passámos, de novo, a ser todos Judeus e condenados a um holocausto.
Onde é que está a Liberdade?
E é disso que falamos de 1789 até estes dias.
A Liberdade.
quarta-feira, 12 de setembro de 2007
Depois da trovoada - ainda a propósito da bota a pisar o cravo...
Não há nada como uma trovoada...
Uma boa trovoada: ameaçadora, com chuva a preceito.
Um temporal assim anuncia o fim do Verão.
Um temporal assim é um sinal.
Como um decreto.
Em cada relâmpago havia a imagem do Senhor Presidente do Conselho,
em cada trovão a sua voz de papo enumerando as vantagens da sua governação.
Estamos inegavelmente melhores. Somos todos muito bons.
Não há nada como uma trovoada.
Não se espantem do tempo.
O tempo agora é outro. Do país do come - e - cala.
Das bocas que delatam. Dos que ouvem e vão contar.
O Presidente - o digníssimo Senhor Presidente do Conselho corre...
Chega à Cidade e vai formoso e muito seguro enquadrado pelas TV's e Seguranças.
Não há nada como uma trovoada para provar que os tempos andam muito mudados...
Uma boa trovoada: ameaçadora, com chuva a preceito.
Um temporal assim anuncia o fim do Verão.
Um temporal assim é um sinal.
Como um decreto.
Em cada relâmpago havia a imagem do Senhor Presidente do Conselho,
em cada trovão a sua voz de papo enumerando as vantagens da sua governação.
Estamos inegavelmente melhores. Somos todos muito bons.
Não há nada como uma trovoada.
Não se espantem do tempo.
O tempo agora é outro. Do país do come - e - cala.
Das bocas que delatam. Dos que ouvem e vão contar.
O Presidente - o digníssimo Senhor Presidente do Conselho corre...
Chega à Cidade e vai formoso e muito seguro enquadrado pelas TV's e Seguranças.
Não há nada como uma trovoada para provar que os tempos andam muito mudados...
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
Música de Verão
Alceu Valença, Cambalhotas
Post que leva um abraço a uma blogger, em viagem de férias, de cabelo solto ao vento
domingo, 9 de setembro de 2007
ERA UM SORRISO BONITO
Era um sorriso bonito se chegavas antes das oito. Se
chegavas tarde murchavam as flores do quadro velho, um
quadro kitsch pendurado por cima de mim.
As noites calmas da província.
No pacato restaurante poucos clientes havia:
aquela mesa de bêbados – um deles e sempre o
mesmo cantava de vez em quando um fado canalha;
alguns viajantes de passagem
e nós os dois.
Rolaram calmas as noites da província.
Cantou o bêbado muitos fados canalhas. Murcharam
e floriram as flores do quadro Kitsch.
E nunca te sentavas à minha frente.
Mário Machado Fraião
chegavas tarde murchavam as flores do quadro velho, um
quadro kitsch pendurado por cima de mim.
As noites calmas da província.
No pacato restaurante poucos clientes havia:
aquela mesa de bêbados – um deles e sempre o
mesmo cantava de vez em quando um fado canalha;
alguns viajantes de passagem
e nós os dois.
Rolaram calmas as noites da província.
Cantou o bêbado muitos fados canalhas. Murcharam
e floriram as flores do quadro Kitsch.
E nunca te sentavas à minha frente.
Mário Machado Fraião
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sábado, 8 de setembro de 2007
Irão: Guardas da Revolução conservam hard-liners
Hashemi Rafsanjani alcançou liderança no Conselho de Sábios mas Ayatollah Khamenei mantém grande apoio ao Pr., Ahmadinejad, apesar de sinais inquietantes de crise económica e política.
Ninguém sabe como se irá processar a sucessão misteriosa do actual líder supremo e, no curto prazo, de que modo se irão constituir as listas para as eleições legislativas. Agora que os dados surgem ainda mais contraditórios e amalgamados pela eleição espectacular do principal adversário do número dois da hierarquia iraniana, o liberal Rafsanjani. E onde a única coisa certa é o poder discricionário do actual Pr. continuar a ter a caução dos Guardas da Revolução e dos bandos paramilitares Basij. E do líder Supremo. Ahmadinejad tem mesmo explorado o radicalismo militarista dos seus apoiantes e multiplicado purgas e razias contra os meios da oposição iraniana no interior., numa prova abusiva de força.
O descontrolo da economia é um dado adquirido: a resignação do Governador do Banco Central e dos ministros do Petróleo e da Indústria agravam os sinais de crise. A inflação parece incontrolável e os investidores preferem jogar pelo seguro e arriscar especulativamente no imobiliário. 60 biliões de dólares foram gastos pelo Estado iraniano em compras de bens essenciais ao estrangeiro, nos últimos dois anos.
Rafsanjani lidera a face visível da alternativa liberal do poder iraniano contra a deriva militarista e populista incarnada por Ahmadinejad. Dirige o Conselho de Intendência Geral também. Os seus críticos acusam-no de ter enriquecido no Import-Export, juntamente com os seus filhos. Tem visto os seus aliados serem presos e marginalizados: o último foi o antigo negociador político com a AIEA, o corajoso Hossein Mousavian, acusado de espionagem ao serviço de uma potência estrangeira. Segundo indica o enviado especial do NY Times a Teerão, Rafsanjani só pode contar com os seus mais directos apoiantes e Khamenei não parece querer " mexer uma palha por ele", pois teme-o e considera-o um " concorrente ". Por conseguinte, Ahmadinejad só pode perder se a crise económica se agravar de forma caótica.
No cerrado puzzle de grandes manobras geopolíticas em acto no Médio Oriente e no Golfo Pérsico destaca-se o papel cada vez maior exercido pela China e pela Rússia, com objectivos opostos em grande parte. De qualquer das formas, Putin pensa no cartel dos hidrocarbonetos reforçado com as reservas irano-iraquianas, apesar de todas as impossibilidades e dos erros catastróficos já cometidos pelos USA ; Hian Jitao sonha com a instalação de refinarias e terminais no Irão em troca da cedência de mísseis com capacidade nuclear no médio prazo, ainda que Israel e Japão tenham avisado que se opunham frontalmente a tal transacção.
FAR
Ninguém sabe como se irá processar a sucessão misteriosa do actual líder supremo e, no curto prazo, de que modo se irão constituir as listas para as eleições legislativas. Agora que os dados surgem ainda mais contraditórios e amalgamados pela eleição espectacular do principal adversário do número dois da hierarquia iraniana, o liberal Rafsanjani. E onde a única coisa certa é o poder discricionário do actual Pr. continuar a ter a caução dos Guardas da Revolução e dos bandos paramilitares Basij. E do líder Supremo. Ahmadinejad tem mesmo explorado o radicalismo militarista dos seus apoiantes e multiplicado purgas e razias contra os meios da oposição iraniana no interior., numa prova abusiva de força.
O descontrolo da economia é um dado adquirido: a resignação do Governador do Banco Central e dos ministros do Petróleo e da Indústria agravam os sinais de crise. A inflação parece incontrolável e os investidores preferem jogar pelo seguro e arriscar especulativamente no imobiliário. 60 biliões de dólares foram gastos pelo Estado iraniano em compras de bens essenciais ao estrangeiro, nos últimos dois anos.
Rafsanjani lidera a face visível da alternativa liberal do poder iraniano contra a deriva militarista e populista incarnada por Ahmadinejad. Dirige o Conselho de Intendência Geral também. Os seus críticos acusam-no de ter enriquecido no Import-Export, juntamente com os seus filhos. Tem visto os seus aliados serem presos e marginalizados: o último foi o antigo negociador político com a AIEA, o corajoso Hossein Mousavian, acusado de espionagem ao serviço de uma potência estrangeira. Segundo indica o enviado especial do NY Times a Teerão, Rafsanjani só pode contar com os seus mais directos apoiantes e Khamenei não parece querer " mexer uma palha por ele", pois teme-o e considera-o um " concorrente ". Por conseguinte, Ahmadinejad só pode perder se a crise económica se agravar de forma caótica.
No cerrado puzzle de grandes manobras geopolíticas em acto no Médio Oriente e no Golfo Pérsico destaca-se o papel cada vez maior exercido pela China e pela Rússia, com objectivos opostos em grande parte. De qualquer das formas, Putin pensa no cartel dos hidrocarbonetos reforçado com as reservas irano-iraquianas, apesar de todas as impossibilidades e dos erros catastróficos já cometidos pelos USA ; Hian Jitao sonha com a instalação de refinarias e terminais no Irão em troca da cedência de mísseis com capacidade nuclear no médio prazo, ainda que Israel e Japão tenham avisado que se opunham frontalmente a tal transacção.
FAR
O monopólio da violência (4)
Do debate sobre os transgénicos na Assembleia da República, esta 5ª feira, a única coisa que me podia espantar, caso eu não fosse vacinado, foi a posição dos partidos de Esquerda. Por exemplo, o PCP, através do lider parlamentar Bernardino Soares, diz que "A gravidade desta política não pode ser desvalorizada pelos efeitos de uma acção, cujos contornos não subscrevemos e que terá contribuído para dificultar a luta contra a legalização dos transgénicos em Portugal" (Público, sem link).
De acordo que tem toda a legitimidade para não subscrever a acção. Mas digam-me, por favor, porque é que se está, neste preciso momento, a discutir os problema dos transgénicos em Portugal.
sexta-feira, 7 de setembro de 2007
OS BARCOS
Os barcos
levam bandeiras
os cavalos
belas cabeças
Os barcos levam nomes de mulheres
Por elas nos consumimos
e nos perdemos
e nos reencontramos
Grandes nuvens escondem um sol a acabar
no magnífico céu azul e oiro
Partiram as gaivotas rente às ondas
e percorrerem leves a extensa areia desta praia branca
outras ficam na faixa brilhante
reproduzidas
silenciosas
e passam novamente os cavalos batendo os cascos
pelo imenso paredão de luz e muita gente
Os barcos levam nomes de mulheres
ou levam nomes díspares
o Afrodite o Filho-da-Mãe
Alguém canta as trovas dos últimos trovadores
que agora já morreram
Os barcos
a brisa do mar em frente à cara
Vamos a ver hoje se não bebo.
Mário Machado Fraião
levam bandeiras
os cavalos
belas cabeças
Os barcos levam nomes de mulheres
Por elas nos consumimos
e nos perdemos
e nos reencontramos
Grandes nuvens escondem um sol a acabar
no magnífico céu azul e oiro
Partiram as gaivotas rente às ondas
e percorrerem leves a extensa areia desta praia branca
outras ficam na faixa brilhante
reproduzidas
silenciosas
e passam novamente os cavalos batendo os cascos
pelo imenso paredão de luz e muita gente
Os barcos levam nomes de mulheres
ou levam nomes díspares
o Afrodite o Filho-da-Mãe
Alguém canta as trovas dos últimos trovadores
que agora já morreram
Os barcos
a brisa do mar em frente à cara
Vamos a ver hoje se não bebo.
Mário Machado Fraião
quinta-feira, 6 de setembro de 2007
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