sábado, 10 de maio de 2008

Quando ouço falar nos “cheiros de África” só me lembro de disenteria

Num comentário hoje aqui publicado, o FAR chama a atenção para a campanha anti-José Eduardo Agualusa desencadeada pela cáfila do outro José Eduardo, o Zé Du. Esse mesmo, cuja filhinha é, nem mais nem menos, uma das principais accionistas do novo banco português. Que a corrupção, a cupidez e a tirania do regime angolano não têm limites, já se sabia. Parece que só o Jerónimo de Sousa é que não sabia, e vá de tecer rasgados elogios ao regime angolano, no termo de uma recente visita a Angola. Deve andar distraído! Mas não é só ele. A esquerda portuguesa continua a investir numa postura grunhófila, com cagaço que lhe chamem neo-colonial (insulto favorito da luminária Mugabe). A intelectualidade nacional assanha-se contra o regime de Harare, sem reparar que em Luanda a situação é bem pior. E quem fala de Luanda, fala de Maputo, onde o presidente Armando Guebuza vai apertando a rosca ao garrote. Ainda há dias um relatório dos Repórteres Sem Fronteiras anunciava que Moçambique caiu dezenas de lugares no concerto das nações, em termos de liberdade de imprensa. Por cá, o relatório passou despercebido, se não ignorado. Prefere-se dar ouvidos à intelectualidade do regime, que, infelizmente, mia pouco, borboleteando nas imaginâncias em vez de chamar os bois pelos nomes. E os nomes são miséria, corrupção, nepotismo, filha da putice institucionalizada. Mete nojo ouvir falar dos “cheiros de África” em tom saudoso, porque a África de hoje cheira a cadáver e a disenteria. Mete nojo ouvir falar no camarão-tigre, enquanto lá os putos da rua vasculham os montes de lixo em busca dos restos do “banquete das hienas”. Mas, é claro, há vozes de revolta, como o rapper Azagaia. Não admira que a Procuradoria da República, em Maputo, o tenha intimado a explicar-se sobre a letra da canção “Povo no Poder”, alusiva às manifestações contra o aumento do preço dos “chapas”, em Fevereiro. Para ver se a letra continha passagens apelando à violência. Como se a revolta não fosse um dever cívico, quando a tirania se torna inenarrável. Em boa hora o Armando reproduziu aqui uma canção do Azagaia, e em boa hora o FAR apela a uma campanha contra a censura e as perseguições (a artistas e não só) nas antigas colónias. Basta de paternalismo! Ser amigo de África é denunciar sem reservas os regimes corruptos e tirânicos, e a pretensa intelectualidade que os apoia. É isso que os africanos, ingenuamente talvez, esperam da Europa. E dos portugueses em particular. Outra coisa é ser cúmplice.

José Pinto de Sá

Sinais


Desenho Maturino Galvão

Marx e a Poesia vistos por Jorge de Sena

" Quanto à leitura de O Capital, lembre-se você que eu sou engenheiro, trabalhei bastante na administração, tirei no meu curso Economia Política e Finanças, e sempre me interessei por Economia( a Política, e não a econometria que, aí, passa por sê-lo, e não é senão uma forma de alienação, ao serviço das grandes empresas).
O livro, portanto, é-me mais legível que o será para homens só com interesses filosóficos. Além de que o gosto que sempre tive pela História também favorece a aproximação de um pensamento que é, sob certos aspectos, historicista. Se digo isto é para mostrar-lhe que não há em mim, quanto ao Marx, méritos nenhuns especiais. O problema dos estalinismos, como você deve ter sentido, é angustioso para mim. E não porque eu condene o que ele fez, o " velho ",pois que o outro o teria feito do mesmo modo,contra tudo e contra todos.

" O terrível não é a violência: o terrível é a traição, a delação, a burocratização da turpitude para agradar ao patrão. E isto é que ainda não sabemos a que ponto não terá de ser uma correcção que a ciência terá de introduzir nessa coisa que não é natureza mas " história " humana. Eu, por mim, considero a humanidade vil, hipócrita, porca e canalha; mas guardo-me de a desprezar, porque já houve momentos em que ela, não tendo sido pior do que recentemente se mostrou, e não possuindo as possibilidades, que tem agora, de sua consciência social, soube elevar-se acima do que podemos supor modificável no mais amplo sentido( e não estrito) do económico-social.

" Por que razão Você se interroga sobre que momento era, de debilidade, em que algumas das minhas " " Metamorfoses "o apanharam? Será que Você não aceita que a poesia o "agarre"? Mas isso mesmo é que ela pretende; apenas, permita-me a vaidade, lendo os poemas dos nossos amigos todos, a gente acaba desabituado de que a poesia seja coisa para comover ou para, como diziam os antigos, elevar a alma…E a leitura dos poetas noutras línguas nunca é a mesma coisa, porque é uma emoção que tem de ser intelectualmente traduzida em termos nossos.

" Concordo consigo em que a arte se gera lá onde não há distinção entre profunda alegria e profunda amargura. Penso mesmo que a grandeza que ela tenha provém de que, lá nesse recôndito escarno, dá-se o reconhecimento mútuo da necessidade e da liberdade. "
In "Correspondência J. de Sena- Vergílio Ferreira ", introdução de Mécia de Sena e V. Ferreira
INCM. Lisboa 1987
FAR

Ali Farka Toure

George Clinton - Parliament-Funkadelic!

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Sinais


Desenho Maturino Galvão

Primavera (5)


A curtir o sol de Primavera. Virginia, USA.

Foto Jota Esse Erre

CARTA A MEUS FILHOS

Sobre os fuzilamentos de Goya
Não sei, meus filhos, que mundo será o vosso.
É possível, porque tudo é possível, que ele seja aquele que eu desejo para vós.
Um simples mundo, onde tudo tenha apenas a dificuldade que advém de nada haver que não seja simples e natural. Um mundo em que tudo seja permitido, conforme o vosso gosto, o vosso anseio, o vosso prazer, o vosso respeito pelos outros, o respeito dos outros por vós.

E é possível que não seja isto, nem seja sequer isto o que vos interesse para viver. Tudo é possível, ainda quando lutemos, como devemos lutar, por quanto nos pareça a liberdade e a justiça, ou mais que qualquer delas uma fiel dedicação à honra de estar vivo.

Um dia sabereis que mais que a humanidade não tem conta o número dos que pensaram assim, amaram o seu semelhante no que ele tinha de único, de insólito, de livre, de diferente, e foram sacrificados, torturados, espancados, e entregues hipocritamente à secular justiça, para que os liquidasse «com suma piedade e sem efusão de sangue.»

Por serem fiéis a um deus, a um pensamento, a uma pátria, uma esperança, ou muito apenas à fome irrespondível que lhes roía as entranhas, foram estripados, esfolados, queimados, gaseados, e os seus corpos amontoados tão anonimamente quanto haviam vivido, ou suas cinzas dispersas para que delas não restasse memória.

Às vezes, por serem de uma raça, outras por serem de uma classe, expiaram todos os erros que não tinham cometido ou não tinham consciência de haver cometido. Mas também aconteceu e acontece que não foram mortos.

Houve sempre infinitas maneiras de prevalecer, aniquilando mansamente, delicadamente, por ínvios caminhos quais se diz que são ínvios os de Deus.
Estes fuzilamentos, este heroísmo, este horror, foi uma coisa, entre mil, acontecida em Espanha há mais de um século e que por violenta e injusta ofendeu o coração de um pintor chamado Goya, que tinha um coração muito grande, cheio de fúria e de amor. Mas isto nada é, meus filhos.

Apenas um episódio, um episódio breve, nesta cadeia de que sois um elo (ou não sereis) de ferro e de suor e sangue e algum sémen a caminho do mundo que vos sonho. ~

Acreditai que nenhum mundo, que nada nem ninguém vale mais que uma vida ou a alegria de tê-la. É isto o que mais importa - essa alegria.
Acreditai que a dignidade em que hão-de falar-vos tanto não é senão essa alegria que vem de estar-se vivo e sabendo que nenhuma vez alguém está menos vivo ou sofre ou morre para que um só de vós resista um pouco mais à morte que é de todos e virá.

Que tudo isto sabereis serenamente, sem culpas a ninguém, sem terror, sem ambição, e sobretudo sem desapego ou indiferença, ardentemente espero. Tanto sangue, tanta dor, tanta angústia, um dia - mesmo que o tédio de um mundo feliz vos persiga - não hão-de ser em vão.
Confesso que muitas vezes, pensando no horror de tantos séculos de opressão e crueldade, hesito por momentos e uma amargura me submerge inconsolável.
Serão ou não em vão? Mas, mesmo que o não sejam, quem ressuscita esses milhões, quem restitui não só a vida, mas tudo o que lhes foi tirado?

Nenhum Juízo Final, meus filhos, pode dar-lhes aquele instante que não viveram, aquele objecto que não fruíram, aquele gesto de amor, que fariam «amanhã».

E. por isso, o mesmo mundo que criemos nos cumpre tê-lo com cuidado, como coisa que não é nossa, que nos é cedida para a guardarmos respeitosamente em memória do sangue que nos corre nas veias, da nossa carne que foi outra, do amor que outros não amaram porque lho roubaram.
JORGE DE SENA

Convite

"Chovem amores na rua do matador" espectáculo estreado em Dezembro de 2007 pelo TRIGO LIMPO teatro ACERT vai estar em cena no I Festival Internacional de Teatro e Artes de Luanda, que decorre de 8 a 30 deMaio, inscrevendo-se no âmbito das comemorações do vigésimo aniversário do grupo Elinga Teatro.
"Ao assistir à peça eu e Agualusa não pudemos deixar de pensar quemuito do texto, mesmo sendo nosso, tinha sido apropriado e refeito por outras mãos. Esse é o mérito do encenador, da luz, do cenário, dos actores, do grupo todo. Nós fomos apenas provocadores de um matador que não amou e, por isso, não chegou a matar. Já estava morto, antes."
Mia Couto

Com a digressão em Angola, o TRIGOLIMPO reafirma o desejo de estabelecer laços estreitos com os espaços da lusofonia. A viagem a Luanda – à qual se seguirão visitas à Alemanha, Espanha e Moçambique – enquadra-se numa programação internacional onde participa outro grupo português ("Escola daNoite"), a par de prestigiadas companhias africanas.

ANGOLA 10 de Maio no Caxito e 13 de Maio em Luanda
apoio: Instituto Camões-Centro Cultural Português em Luanda
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Texto José Eduardo Agualusa e Mia Couto
Actores José Rosa e Sandra Santos
Encenação Pompeu José
Cenografia Zétavares e Marta Fernandes da Silva
Música Cheny Mahuaie, Fran Perez, Lígia Zango, Matchume Zango e Tinoca Zimba
Figurinos Ruy MalheiroDesenho de luz Luís ViegasTécnicos Cajó Viegas e Paulo Neto
Assistência Gil Rodrigues
TRIGO LIMPO TEATRO ACERT
Rua Dr. Ricardo Mota, s/n · Apartado 118; 3461-909 Tondela · tel +351232 814 400 ·

www.acert.pt/trigolimpo

Berlusconi forma governo tripartido e cobiça com ênfase lugar de Napolitano

O Cavalière , altaneiro ou glutão, nome de guerra de Berlusconi, apresentou ontem o novo governo ao PR italiano, o legendário comunista Giorgio Napolitano, de que as más-línguas juram que o novo PM quer vir a ser o sucessor deixando o governo, logo que possa, a cargo da sua secretária de Estado preferida e próxima, Gianni Letta, mais velha um ano, 73, do que o actual homem-forte do poder político transalpino de coloração muito dura e conservadora . A margem de manobra de Berlu é muito reduzida: perdendo GW Bush, só pode contar com os investimentos da Rússia de Poutin, de sentido mais do que problemático e obscuro, num país onde o sector público lidera o Factor Total de Produtividade, aliado a uma evasão fiscal incontrolável e uma indústria desequilibrada sem competitividade, segundo análise recente de Wolfgang Münchau no F. Times desta semana .
Berlusconi tinha andado a prometer cortes no números de ministros para se distinguir do macro--governo Prodi de gigantescas proporções. Não conseguiu. E confessou mesmo aos jornalistas que a " formação do executivo lhe causou muito sofrimento", por causa das reivindicações dos seus aliados de direita e extrema-direita renovada na atribuição dos postos. Forza Itália, partido berlusconiano, averbou 12 ministros, e a Liga do Norte e a Aliança Nacional ficaram com quatro cada uma. A novidade é que o líder e o número dois da L. do Norte entram no governo. E isso, dizem os comentadores políticos, só pode vir a causar problemas adicionais ao novo PM.
Quatro mulheres entram como ministros, a tempo inteiro. O PR opôs-se veementemente à nomeação de um jovem siciliano de 38 anos , Angelino Alfano, dado como muito próximo do PM, para o espinhoso e exposto cargo de ministro da Justiça. Do naipe das mulheres, destaque para a promoção de uma antiga rainha de beleza e corista da TV, Mara Carfagna, com 32 anos, para o cargo de Secretária de Estado da Igualdade de Oportunidades. Uma outra diva de 31 anos, Giorgia Meloni, foi indicada para a pasta da Juventude; e Stefania Prestigiacomo para a do Ambiente.Tudo a nivel de Secretarias de Estado, no entanto. A única ministra por extenso, a da Educação, é Maria Stella Gelmini
Berlu foi buscar três antigos ministros do seu anterior governo. O número dois da Liga do Norte, o racista e islamonofobo, Roberto Calderoli, cuja eventual nomeação levantou protestos de imediato na Líbia. Ninguém mais se esquece que andou a passear um suíno em terrenos dados para a construção de uma mesquita. E por outro lado, usou vezes sem conta uma t-shirt com os polémicos cartoons de Maomé realizados na Dinamarca. A coisa promete, tanto mais que Calderoli foi apontado para ministro do " Simplex " italiano para combater a burocracia e simplificar as leis…
O antigo comissário da Justiça Europeia, Franco Frattini, foi nomeado ministro dos Negócios Estrangeiros. E Giulio Tremonti, eurocéptico e anti-globalização, aceitou a pasta das Finanças. Umberto Bossi, o todo-poderoso líder da Liga do Norte, ficou com a pasta essencial das Reformas e do Federalismo, pontos de fricção política maior no contexto da vida italiana. Três técnicos-todo-o terreno abraçam as pastas da Saúde, Trabalho e Infraestruturas, Altero Matteoli, do Desenvolvimento Económico, Claudio Scajola, e da Agricultura, Luca Zaia, respectivamente. Roberto Faroni herda a pasta do Interior e Sandra Bondki, a da Cultura.

FAR

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Friedensreich Hundertwasser (1928/2000)

Hundertwasser concebia as janelas como a alma de uma casa, tendo por isso diferenciado as janelas em forma e tamanho, neste povoado colorido.

Hundertwasserhaus foi inaugurada em 1986, sendo um dos marcos da cidade.


Cada apartamento é único na sua estética e é demarcado, por uma linha separadora constituída de azulejos.


Vivem aqui cerca de duzentas pessoas, nos cinquenta individualizados apartamentos.


Nos seus jardins suspensos tem cerca de duzentas e cinquenta grandes árvores, arbustos e um relvado.

Na Lowengasse, está a entrada principal para este edifício de conto de fadas, em Viena.
fotos:g.ludovice

Convite

Sinais


Desenho Maturino Galvão

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Terra

Somewildwish

Exposição a 9 de Maio


Gravura de Isabel Macieira




Pintura de Mª José Costa

Da Capital do Império

Olá!

Hilária “a inevitável” é agora a inevitàvel derrotada da longa corrida à nomeação do candidato presidencial do Partido Democrático. Para quem continuasse a acreditar nas clintonices dos Billary Terça Feira era o dia que ia provar que apesar da já não haver possibilidades de apanhar o Obambi na contagem de delegados à convenção do partido, a Hilária era a candidata que ganhava os “grandes estados”, que o entusiasmo pelo Obambi se estava a desmoronar mostrando a sua incapacidade de lutar como os Clintons fazem – duro, feio, sujo, com meias verdades e oportunismo clintoniano.
Ontem a Hilária apanhou uma sova na Carolina do Norte onde o Bill tinha estado de serviço há uma semana a tentar usar o seu “charme” sulista e de “gajo da malta” junto do eleitorado. Sem resultado. A malta está mesmo farta até aos cabelos do Bill e das suas clintoninces embora tenha sempre a sua piada ouvi-lo, princpal;ente quando ele começa a ficar irritado e a queixar-se da “merda dos jornalistas” e do Obama estar “a jogar a cartada da raça contra mim”. A Hilária milionária esteve no Indiana a fazer campanha de “proleta”, pintar o Obambo como “elitista”, em bom estilo Clinton e a propor suspensão dos impostos federais na gasolina para ...o Verão esquecendo-se de dizer que o novo mandatio presidencial só começa ... no Inverno. Enfim uma clintonice.
Pois a Hilária lá conseguiu ganhar ( por pouco) no Indiana mas devido ao facto de ter apanhado uma sova na Carolina onde estavam em jogo muito mais delegados e onde perdeu por muito maior margem Obambi terminou a noite com mais delegados do que tinha iniciado o dia
Mas a julgar pelas declaraçoes de Clinton após os resultados de ontem Hillary vai continuar a lutar. Pode cair mas com ela vai cair também o Partido Democrático.
Abraços

Da capital do império
Jota Esse Erre

Sinais


Desenho Maturino Galvão

Rússia: Putin "entroniza" hoje Medvedev no Kremlin


É hoje a data da tomada de posse de Dmitri Medvedev no Kremlin como Presidente.Trata-se de uma escolha longamente meditada por Putin, o homem forte do Estado, que será o novo PM. Um artigo muito completo de Lorraine Millot no Libération de hoje,- que se segue a outros publicados no The Guardian e NY Times –enquadra a personalidade e o tipo de funções do " homem simples e transparente " escolhido a dedo por Poutin para successor.
Lorraine Millot, longos anos correspondente aguerrida do Libé em Moscovo, traça um retrato sem parcimónia do novo PR, revelando pormenores da sua " falta de personalidade " e da sua pequeníssima estatura intelectual . Parece que Poutin, em 1999, era também assim feito. E depois foi o que se viu, dando azo a grandes especulações sobre o espólio financeiro amealhado a título privado…
Medvedev fará parte da galeria dos PR mais novos do Mundo, ao lado do congolês Kabila e do georgiano Saakachwill, todos " quadras" ambiciosos e com missões sopradas por mentores na sombra dos gabinetes. " Lorraine diz que o novo PR é um " decalque quase perfeito de Poutin" ,mas gosta de Internete, de yoga e de começar o dia por fazer umas voltas à piscina…
A grande jornalista do Libé vai mais longe e revela confissões. De uma oposicionista do regime, Maria Litvinovitch, que sublinha no essencial que Medvedev " é um pequeno homem vulgar e do tipo daqueles que nunca se hão distinguir ".Ela acrescenta que, por ter trabalhado com ele na campanha de Poutin no início dos anos 2000, o conhece bem: " Ao lado de cérebros criativos, Medvedev distinguia-se por não ter qualidades de organizador, não controlava nem decidia coisa alguma…".Lorraine cita Serguei Markov, deputado fiel a Poutin, que adverte que " Medvedev não será o motor da liberalização, mas sim, o homem encarregado de a anunciar e indiciar…Poutin compreendeu que era preciso uma política mais liberal para diversificar a economia…".

Portrait Medvedev élevé dans l'ombre de Poutin
Il est plutôt lève-tard, émerge vers 8 heures du matin après six heures de sommeil, commence ses journées par des longueurs de piscine, puis surfe sur Internet pour «se réveiller». Il pratique aussi le yoga, aime le poisson et les desserts sucrés… Pour donner un peu corps au nouveau président russe, Dmitri Medvedev, qui a été intronisé aujourd’hui en grande pompe dans ses nouvelles fonctions au Kremlin, ses conseillers ont dû distiller ce genre de détails à une presse bien en mal d’information. Car pour l’essentiel, le jeune Dmitri Medvedev, demeure encore et avant tout le terne et lisse «homme de Poutine», repéré, formé et promu par le président sortant. A 42 ans, il sera d’ailleurs l’un des plus jeunes chefs d’Etat au monde, avec le Congolais Joseph Kabila, le Géorgien Mikhaïl Saakachvili et le Togolais Faure Gnassingbé.

Postcommuniste. Après s’être longtemps distingué par ses gérontes, le Kremlin parachève un sérieux rajeunissement. Medvedev sera le premier président russe à avoir fait toute sa carrière dans la période postcommuniste : tandis que Poutine s’était façonné à l’école des services secrets soviétiques, Medvedev a fait ses griffes durant les folles années 90 en se lançant dans plusieurs affaires commerciales, étroitement liées au pouvoir.
Jeune, juriste, sportif et buveur de thé, Dmitri Medvedev, tel qu’on le connaît - du moins jusqu’à présent - se présente comme un décalque assez parfait de Vladimir Poutine. Embauché par ce dernier à la mairie de Saint-Pétersbourg dans les années 90, Medvedev a suivi son mentor à Moscou en 1999 pour faire ses classes dans l’administration présidentielle, avant d’être choisi par Poutine pour lui succéder. L’ancien président semble d’ailleurs vouloir continuer à jouer un rôle central, si ce n’est un tutorat, depuis son nouveau poste de Premier ministre qu’il doit occuper ce jeudi. «Medvedev est un petit homme ordinaire, du type de ceux qui n’attrapent jamais les étoiles, résume Marina Litvinovitch, aujourd’hui opposante résolue au régime, mais qui avait travaillé sous son égide, au sein de l’état-major de campagne de la première présidentielle de Poutine, en 1999. Aux côtés de cerveaux créatifs remarquables, «Medvedev s’y distinguait par son manque de personnalité», se souvient-elle. «Il était visible qu’il n’avait guère de qualités d’organisateur, il ne contrôlait rien et ne décidait pas grand-chose.»

terça-feira, 6 de maio de 2008

Filme sobre Gérard Lebovici realça iconoclastia de Debord

" Lebo, luz e sombra" é o filme destacado hoje pelo Le Monde, realizado pelo cineasta Thierry Bourcy. O facto de Lebovici ser um dos icônes maiores da ultra-esquerda francesa e mundial, merece o destaque. O filme narra algumas facetas do magnate inolvidável dos anos 70 , que parece ter seguido aquele conselho do divino Marquês- " sem livros de referência, só se escrevem contos de fadas…".

" Este século não gosta da verdade, da generosidade, da grandeza. Ele não gostava, portanto, de Gérard Lebovici, que atraia ainda mais inveja rancorosa por causa da sua liberdade de espírito e da sua cultura: Ele tinha muitos inimigos, por conseguinte; já que, " enquanto durar este mundo ao contrário a passar por real"( Marx), as mais raras qualidades passam pelos piores dos defeitos ", narra Debord no seu livro-evocação sobre a morte do editor e mecenas. Lebovici foi morto na garagem do seu apartamento em Paris XVI, a 7 de Março de 1984 . Nunca se descobriu a autoria do seu assassinato .

FAR

LE MONDE | 05.05.08 | 17h11

Un homme, un film. L'homme s'appelle Gérard Lebovici, le film La Société du spectacle. Qu'est-ce qui les lie ? L'auteur du film, Guy Debord, leur amour commun pour les enfants perdus, leur horreur des fièvres factices, et leur combat subversif contre l'assujettissement à l'économie capitaliste.

Accédez à l'intégralité de cet article sur Lemonde.fr
http://www.lemonde.fr/culture/article/2008/05/05/un-portrait-de-gerard-lebovici-createur-d-artmedia-et-ami-de-guy-debord_1041348_3246.html

Sigmund Freud Museum

Café Freud, uns conscientes passos à esquerda do Museu de Sigmund Freud.

Interior do café em homenagem a um dos Homens que abanou o século XIX e XX, com a descoberta do Inconsciente e o estudo da Psique Humana. A definição simples do Homem como animal racional tornar-se-ia polémica.

Museu, em memória do Pai da Psicanálise.

Sigmund Freud morou e trabalhou aqui nesta casa em Viena, entre 1891 e 1938, quando se exilou em Inglaterra, devido à invasão nazi.
Autógrafos, fotos, objectos pessoais, alguns objectos da sua colecção de arte popular, livros e a biblioteca científica criada por iniciativa de Anna Freud e que através de donativos e contribuições, se tornou numa das maiores bibliotecas psicanalíticas da Europa, com cerca de 30.000 volumes cobrindo as várias facetas da teoria psicanalítica, terapia e sua história. O inventário inclui mais de setenta jornais em diversas línguas, novas publicações, primeiras edições do trabalho de Freud e a colecção completa de literatura psicanalítica que apareceu em Áustria antes de 1938.

Rua Berggasse 19, Viena. bibliothek@freud-museum.at
Fotos:g.ludovice

Sade, Bataille e a exaltação erótica

O erotismo de pacotilha prolifera. A blogosfera está cheia de maus exemplos. Repetem-se os mesmos erros, por ouvir dizer e recusa de ir ler. O aproximar do clímax da Primavera leva-nos a uma releitura dos males e omissões que envolvem o divino Marques e Georges Bataille, que queimaram a vida e sublimes afectos por libertação, sem cálculo nem limites.De um texto muito belo e profundo de Annie Le Brun, uma espécie de O´Connor das letras francesas, esta sequência magistral sobre o que afasta e converge nas obras dos dois monstros sagrados da Literatura e da Filosofia.
" Sei que se tornou impensável dissociar Sade de Bataille, ou mais precisamente de não adorar a imagem que Bataille nos fornece de Sade, se bem que o autor das Lágrimas de Eros não hesite a confundir as suas preocupações eróticas com as de Sade.
" Claro, Sade e Bataille encontram-se ao pôr em destaque a exaltação erótica ligada aos excrementos, a toda a espécie de degradação, mesmo ao assassinato. Um e outro parecem conceder à transgressão um mesmo poder de deflagração erótica. Apesar de tudo, a visão erótica de Sade, essencialmente ateia, não se pode ligar com a de Bataille, essencialmente mística, para não dizer religiosa.
" Retomemos a famosa formula que é o ponto de partida da reflexão de Bataille: " Do erotismo, é possível dizer que é a aprovação( garantia, experiência) da vida até à morte ". Proposição que ele se aplica de imediato a precisar, mesmo a fundar/ancorar, reclamando-se de Sade, através de duas citações do divino marquês.
" O segredo não é ,infelizmente, contestável, observa Sade, já que não existe um libertino um pouco metido no vício que não saiba quanto o assassinato exerce uma atracção sobre os sentidos…E Sade escreve ainda, refere Bataille, " Não existe melhor forma para nos familiarizarmos com a morte, que fazer tudo para a aliar a uma ideia libertina ".
" Livre-toi, Juliette, livre-toi sans crainte à l´impétuosité de tes gouts, à la savante irregularité de tes caprices, à la fougue ardente de tes désires; échauffe-moi de leurs écarts, énivre-moi de tes plaisirs; n`aie jamais qu´eux seuls pour guides et pour lois; que ta voluptueuse imagination varie nos désordres ".
In " Soudain un blocabîme, Sade", Gallimard. Folio-Essais.

FAR

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Sinais


Desenho Maturino Galvão

Agora ando por aí a cantarolar


Stacey Kent. Ces petits riens

(vídeo roubado ao Manuel S. Fonseca)

Primavera (4)


Chupando o açúcar. Virgínia. USA

Foto Jota Esse Erre

Guterres, tribunais e casas de banho

Ao contrário de muitos tenho o António Guterres por homem sério. O mesmo não se pode dizer de outros, laicos e facilitadores directos da venalidade, imbuídos de um pragmatismo que só vê “resortes” e coloca amigalhaços em postos estratégicos. O país está tão habituado a isso que todos estranham que se seja sério, que não se saia de um cargo governativo para o conselho de administração de uma empresa e que se continue dedicado a uma causa, a causas.
Mas respeitar o homem não é gostar do estilo. A obrigação do alto-comissário para os refugiados e as migrações não é fazer avisos à navegação com a certeza do desastre previamente consabida. Será necessário e mais ainda em nome de Cristo, ir longe, radicalizar as posições para que se entenda que não se trata de provocar rebates de consciência nos fartos, mas sim de um profundo problema de organização estruturada de fome e morticínio que o actual governo do mundo promove. Porque há um governo mundial que desordenou o mundo mais do que ele era e porque há uma economia do mundo que provoca diariamente mais fome, mais carência alimentar, menos possibilidade de aceder aos bens alimentares essenciais. O que é que se chama a isto? Homicídio premeditado em larga escala precisamente daqueles que, vítimas do descontrole global, não têm direitos nem lei nenhuma protege.
O mundo de cá é um condomínio fechado onde supostamente há lei e leis, lá onde o tsunami dos preços se desencadeia é planeta perdido. Vemo-los amontoados em campos, subnutridos, olhos esbugalhados de espanto numa acusação que se tornou símbolo de incapacidade na acção dos grandes e ainda assim, muitas vezes, um sopro de alegria nos brinquedos de madeira talhados à mão que imitam os plásticos reluzentes, barulhentos e a pilhas dos do lado de cá.
O que se espera do alto-comissário? Um protesto despido de intenções piedosas, uma acusação clara, nomes, países responsáveis, uns mais que outros. Quem promove a escalada dos preços e quem a permite? Quem faz comércio mundial de armamentos? Quem mata em larga escala? Quem fala constantemente de direitos humanos espezinhando-os? Quem não mata a fome aos que morrem famintos? Que poder têm as Nações Unidas e que poderes deveriam ter? Que equilíbrio global é este que traz questões mais graves do ponto de vista alimentar que o período da guerra-fria?
O que é que isto tem a ver com tribunais e casas de banho? Tudo. Lado a lado, com uma relevância idêntica, morte e urinol, mundo e país. Se o ridículo matasse os portugueses já teriam aprendido qualquer coisa acerca de casas de banho. Desde a célebre casa de banho da Cultura, onde ainda hoje umas gaitas sensíveis urinam para saudar a eternidade do mármore – coisa que deu polémica empenhada – até ao assunto desvirtuado, pela confusão que gerou, do acordo ortográfico, continuamos alegremente ao lado das coisas, ao lado da avenida, no beco das cruzes, ansiosos pela próxima ponte, isto é, fim de semana duplo.

Fernando Mora Ramos

domingo, 4 de maio de 2008

Sinais


Desenho Maturino Galvão

Mambo 43


A mãe gosta de arrumação, até os astros distribui pelos seus negros ninhos.
Pediu a mais nova que lhe pintasse o quarto de Van Gogh.
Ela fisionomou umas estranhezas, enquanto contabilizava os seus parcos meses de namoro confuso, com a pintura.
Em jeito de filha arredondou-lhe os receios, com um tamanho de sorriso com casco de navio, porão arejado e convés com vistas largas para todos os mundos sem chão e parede até ao tecto.
A mãe mobilou-a de antecipações, de estórias besuntadas com vírgulas de verdade, de detalhes sem silêncio, coisas preciosas de mãe para sempre.
Por encomenda a laça realidade, de modo algo encadeada com um ideal.
O arrumado quarto de Van Gogh no seu quarto.

Sometimes I Feel Like a Motherless Child

http://www.youtube.com/watch?v=QCImJbG-OcI

Festival Indie Lisboa 08

Depois de vários dias a decorrer o Indie Lisboa, espalhado em diferentes salas de cinema, um filme tailandês foi o triunfador, "Wonderful train", de Aditya Assarat.
Venceu o Grande Prémio "Cidade de Lisboa" para longa metragem, no valor de 15 mil euros.

O Prémio "Tobis", foi entregue ao documentário "Via de acesso", de Nathalie Mansoux na qualidade da melhor longa metragem portuguesa, no valor de cinco mil euros.

Nas curtas metragens, "One day", de Ditte Haarløv Johnsen, recebeu três mil euros, um filme dinamarquês; a melhor curta metragem portuguesa "Paisagem urbana com rapariga e avião", de João Figueiras, foi premiado com 2.500 euros.

Inglaterra: crise económica deslizante castiga Partido Trabalhista

A carestia de vida e novas taxas bancárias aliadas ao imparável aumento dos combustíveis deitaram quase por terra o governo de Gordon Brown. Os Trabalhistas perderam 331 lugares nas autarquias, os Conservadores conquistaram 256 e os Liberais são a segunda força eleitoral do país. Os comentadores politicos revelam muita desorientação estratégica no partido até à pouco liderado por Tony Blair. Há os que desvalorizam o significado nacional do voto-sanção das Municipais deste fim de semana. Contudo, a eleição de um desconcertante jornalista- ex-editor do conservador semanário Spectator e colunista do The Daily Telegraph- para a autarquia de Londres, a maior da Europa e com um orçamento anual de 12 biliões de Euros, pode ser o princípio do fim do ciclo eleitoral da esquerda britânica no poder.

A Imprensa norte-americana e o The Observer, edição dominical do The Guardian- focam a personalidade controversa, iconoclasta e brejeira, cujas piadas já lhe causaram imensos dissabores na vida política , do novo edil de Londres, Boris Jonson, que admite ter snifado coca e se arriscou a mandar imprimir este slogan eleitoral despudoardo: Se votar nos conservadores as mamas da sua sócia crescem e pode vir a comprar um BMW "…
Colorful Tory beats Red Ken in London
By Sarah Lyall
The New York TimesSaturday,
May 3, 2008

Boris Johnson, the floppy-haired media celebrity and Conservative member of Parliament who transformed himself from a shambling, amusing-aphorism-uttering figure of fun into a plausible political force, will be the new mayor of London.

Johnson's surprising victory was not only a triumph of his own singular style, but also a resounding public rebuke to the Labour government of Prime Minister Gordon Brown in a day full of such rebukes. As votes were tallied across the country following the elections Thursday, it emerged that the Labour Party had suffered its worst local election results in at least 40 years.

With final votes in for the 159 local councils in which seats were being contested, Labour lost 331 seats overall, and the Conservative opposition gained 256. The Labour Party took an estimated 24 percent of the overall vote, placing it a woeful third behind the Conservatives, with 44 percent, and the Liberal Democrats, with 25 percent.

But it was the mayoral race, in which Johnson, 43, defeated the experienced Labour incumbent, Ken Livingstone, 62, by 1,168,738 votes to 1,028,966 votes, that was the biggest shock - a sure sign of a deep national weariness with the Labour government.

Livingstone, known as "Red Ken" since his early days in politics for his leftist views, was seen as increasingly authoritarian, isolated and prickly. His efforts to write off Johnson as a lightweight buffoon failed to pay off, and by the time he began attacking his opponent on the substance of issues like the cost of the Tories' transportation program, it was too late.

But running for office and governing are two different things. When he was the editor of the magazine Spectator and a columnist for The Daily Telegraph, Johnson, a graduate of Eton and Oxford, affected a chaotic personal style and frequently landed in scrapes that he sweet-talked his way out of. Now he is suddenly in charge of a $21.7-billion budget and a complicated city - Europe's largest - filled with competing agendas and political accidents waiting to happen.

London has been resolutely Labour in recent years, and its loss is a bitter blow to the national party and a lift for David Cameron, leader of the Conservatives.

"This was the first big test of Gordon Brown and David Cameron," Stephan Shakespeare, a co-founder of YouGov, a polling company, said. "We've had a lot of ups and downs, a lot of debate and a lot of polling, and until this moment the general feeling of malaise that hung over this government hasn't been made concrete or specific. Now it has. It shows that something has profoundly changed in British politics."

But historically, poor results for the governing party in local British elections are not necessarily harbingers of poor results in subsequent general elections.

"We've been here before," said Patrick Dunleavy, a professor of political science and public policy at the London School of Economics. "It's a bad time for the government, but not nearly so bad that the government couldn't recover, even as early as spring 2009."

By law, the next general election can be held no later than 2010.

In his colorful career, Johnson has survived public airing of an extramarital affair whose existence he originally denied as an "inverted pyramid of piffle"; has apologized to whole cities, like Liverpool, that he offended in one way or another; and has been prone to saying things like: "Voting Tory will cause your wife to have bigger breasts and increase your chances of owning a BMW M3."

He has developed a reputation for having a fearsome but unserious intellect and for wading into and out of embarrassing scrapes. But a man who has previously poked fun at the political process - saying "I can't remember what my line on drugs is. What's my line on drugs?" and "I'm backing David Cameron's campaign out of pure, cynical self-interest" - has been kept under a tight rein this time around, sticking to issues like crime and transportation.~

After the votes were read out - under the British system, the losers stand in public alongside the winner as the results are announced - Johnson gave a sober and gracious victory speech. He acknowledged that many Londoners, even some who had voted for him, had misgivings about his qualifications for the job, but pledged to "work flat-out" to earn their trust.~

"Tomorrow we'll work like crazy," said Johnson, who gave up alcohol during the campaign, "but tonight we'll have a drink."
Except in the case of the mayoral contest, the election results were more important for their symbolism than for their substance. Local councils have little actual power, but British voters tend to use local elections to express relative degrees of displeasure with the government in office.

In this case, the public expressed a high degree of displeasure - with the economy, with 11 years of Labour rule, and with Brown himself.

"It's a real disaster," said John Curtice, a professor of politics at the University of Strathclyde in Glasgow. "It is a comment on what has proven to be the failure of the Labour government to get itself out of the mess that Tony Blair left it in."

The prime minister admitted bluntly that the result was terrible, as did an array of cabinet ministers dispatched to spread the message that the government was listening to the public and would try to improve.

"This has been a disappointing night - indeed, a bad night - for Labour," Brown said. "We have lessons to learn from this, and then we will move forward. My job is to listen and to lead, and that is what I will do."

Cameron spoke happily about the future of his party, out of power since Blair swept into office in 1997.

"I think these results are not just a vote against Gordon Brown and his government, but are a vote of positive confidence in the Conservative Party," Cameron said. He said that the results proved that the Conservatives were ready to win the next general election.

Labour lost some councils in the north, a traditional stronghold, and was hurt by the tendency of Conservative voters who had voted for Blair's Labour Party more than a decade ago to go back to the Tories.

http://www.iht.com/articles/2008/05/03/europe/britain.php
FAR

sábado, 3 de maio de 2008

O novo ensino em Portugal "Ser feliz"



http://videos.sapo.pt/0kzbWM4RFI4oeJZ0dcAN

Relações americano-russas em muitos maus lençóis

As relações USA/ Rússia atravessam o pior momento dos últimos 20 anos, segundo um artigo do especialista, Stephen F. Cohen, hoje publicado na edição mundial do NY Times. A míriade de tensões entre os dois países quase que atinge as dantescas proporções das do período da Guerra Fria. A classe política norte-americana tem tratado com ligeireza e sobranceria um país- chave da geoestratégia política e industrial mundial, sublinha o expert , que recomenda- para evitar o pior- que se trate a " Rússia como uma grande potência" e se" evite o alargamento da NATO à Ucrânia, de forma a evitar o pior ".

Stephen F. Cohen sinaliza que as sucessivas administrações norte-americanas, inclusive a de Bill Clinton, deitaram por terra o consenso pacífico e cooperative estipulado no final da Guerra Fria por Gorbachev e Reagan. " A política dura e agressiva de Poutin foi, em larga medida ", uma reacção ao triunfalismo sem limites assumido pelos EUA ". Actualmente existe um contencioso de conflitos graves em irrupção permanente- quase como os da Guerra Fria –que se estende do Kosovo, passa pelo Irão, perturba as zonas de influências em jogo na Ucrânia e na Georgia, envolve a Venezuela, toca na expansão da NATO , abrange os misséis de defesa, o acesso ao petróleo e a política interna do Kremlin, frisa o articulista.

Such U.S. behavior was bound to produce a Russian backlash. It came under Putin, but it would have been the reaction of any strong Kremlin leader, regardless of world oil prices.

And it can no longer be otherwise. Those U.S. policies, now widely viewed in Moscow as an "encirclement" designed to keep Russia weak and control its resources, have helped revive an assertive Russian nationalism, destroy the once strong pro-American lobby and inspire widespread charges that concessions to Washington are "appeasement," even "capitulationism." The Kremlin may have overreacted, but the cause and effect threatening a new cold war are clear.

Because the first steps in this direction were taken in Washington, so must be the initiatives to reverse it.

Three are essential and urgent: a diplomacy that treats Russia as a sovereign great power with commensurate national interests; an end to NATO expansion before it reaches Ukraine, risking something worse than cold war, and a full resumption of negotiations to sharply reduce and fully secure all nuclear stockpiles and to prevent the impending arms race, which requires ending or agreeing on missile defense in Europe.

Recent discussions with members of Moscow's policy elite suggest there may still be time.
American presidential campaigns are supposed to discuss such vital issues, but Senators John McCain, Hillary Clinton and Barrack Obama have not done so. Instead, each has pledged to be less "soft" on the Kremlin, to continue the encirclement of Russia and the hectoring "democracy promotion" policy, both of which have only undermined U.S. security and Russian democracy since the 1990s.

To be fair, no influential actors in American politics, including the media, have asked more of the candidates. They should do so now before another chance is lost - in Washington and in Moscow.

Russia: The missing debate By Stephen F. Cohen International Herald TribuneFriday, May 2, 2008
http://www.iht.com/articles/2008/05/02/opinion/edscohen.php

FAR.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Tóni Negri: Maio 68, ponto culminante de um longo ciclo de lutas sofisticadas (2)

" Depois de Maio 1968, ponto culminante de um longo ciclo de lutas, tanto nos países do centro como nos da periferia, a forma dos movimentos de resistência e de libertação conheceu uma transformação progressiva e profunda, fazendo-se eco das alterações surgidas no mesmo periodo na organização das forças produtivas e nas formas de produção social. Podemos começar por situar essa alteração nas mutações que afectaram a natureza da guerrilha.
"A alteração mais banal prende-se com o facto dos movimentos de guerrilha passarem das aldeias para as cidades, dos espaços abertos para os espaços fechados. As técnicas da guerrilha foram progressivamente adaptadas às novas condições definidas pela produção post-fordista, como os sistemas de Informação e as estruturas em rede..
" De certa forma, à medida que ela adopta as características da produção biopolítica e se derrama por todo o tecido social, a guerrilha configura como objectivo principal a produção de subjectividade- uma subjectividade quer económica e cultural, quer material e imaterial.
" Não se trata somente de " conquistar a luta pelos corações e os espíritos ", mas mais concretamente, de criar corações e espíritos novos produzindo novos circuitos de comunicação, novas formas de colaboração social e novos modos de interacção. Neste processo exprime-se uma tendência para a ultrapassagem do modelo da guerrilha moderna em prol de organizações mais democráticas, reticulares.
…" Uma das características comuns às lutas reticulares da multitude e também da produção económica postfordista é o facto delas terem lugar no terreno biopolítico- noutros termos, elas produzem directamente novas subjectividades e novas formas de vida. É verdade que as organizações militares implicaram sempre a produção de subjectividade. O exército moderno produziu o soldado disciplinado da fábrica fordista, e a produção do sugeito disciplinado da guerrilha moderna não foi essencialmente diferente desse modelo. A luta em rede, ao contrário, da mesma forma que a produção post-fordista, não depende de certa maneira da disciplina: os seus valores cardeais são a criatividade, a comunicação e a cooperação auto-organizada ".
In " Multitude",par M. Hardt e António Negri - Édition poche " 10/18", Paris

FAR

Terra

O seu telhado construído em 1490 é coberto por cerca de 250.000 azulejos coloridos, que formam o brasão de Habsburg. Foi reabilitado após um incêndio na 2º guerra mundial.

Os alicerces da igreja românica original datam de 1147, mas os seus traços mais antigos são o Pórtico dos Gigantes (Riesentor) Séc.XIII e as Torres dos Pagãos (Heidentuerme). Nos Séc. XIV e XV vários soberanos Habsburgs deixaram a sua marca na reconstrução da nave gótica, das capelas laterais e do coro.

Por todas as ruelas centrais, cheira à sua proximidade.
Inevitavelmente ali, a azulejar todos os olhos em si, Stephansdom. Os vienenses carinhosamente chamam-lhe a Steffl e está em pleno coração da cidade.
Foi uma luz ao fundo do túnel para os austríacos, quando começou a ser reconstruída após os bombardeios, na 2º guerra mundial, espelhando um novo começo para todos.

Na Stephansplatz, o mais belo edifício gótico austríaco:
Catedral Stephansdom.
Viena 2008
Fotos:g.ludovice

Ainda Dili (19)


Pintura João de Azevedo

Sinais


Desenho Maturino Galvão

A Marcha Global da Marijuana é já este sábado, dia 3 de Maio


A Marcha Global da Marijuana é já este sábado, dia 3 de Maio, não se esqueçam! Marquem já nas vossas agendas e apareçam!!!

Estamos a fazer os últimos preparativos para que esta seja uma grande Marcha, melhor que a do ano passado.



Quem não apareceu nos nossos workshops, fique à vontade para fazer as suas próprias pancartas, cartazes e adereços em casa. Ponham a imaginação a funcionar e abusem do humor. Quanto mais colorida e alegre for a Marcha, melhor.



Lembramos que a MGM é uma iniciativa pacífica e apelamos ao bom senso de todos os participantes para que esta Marcha seja uma grande festa em favor da legalização da canábis e para que tudo corra sem problemas.



Durante as colagens de cartazes de divulgação da Marcha, temos sido abordados pela polícia no sentido de nos impedir de o fazer, chegando mesmo a invocarem que estaríamos a incorrer em actividades suspeitas para, sob esse pretexto, revistarem a nossa equipa.

Por isso e por tudo mais, desincentivamos as pessoas de levarem substâncias ilegais para a marcha. Apelamos à tua ponderação, já que a COM.Maria — Comissão Organizadora da Marcha de Lisboa, não se poderá responsabilizar por situações particulares.



Acreditamos que juntos, podemos lutar por aquilo em que acreditamos e que, sem ir contra a lei, podemos passar a mensagem de que a Marijuana é uma substância amplamente consumida por pessoas responsáveis e conscientes. Queremos deixar claro, de uma vez por todas, que não somos apenas "um bando de friques que gostamos de ficar pedrados", mas sim cidadãos informados que queremos ter direito a decidir por nós próprios.

É para isso que existe a Marcha... é para isso que trabalhamos.



Vamos a isto, pessoal!!! Passem a mensagem a todos os vossos amigos e venham marchar pelo fim da proibição da canábis.



Contamos convosco!



Até sábado,

COM.Maria – Comissão Organizadora da Marcha Global da Marijuana de Lisboa
marchaglobalmarijuana@gmail
www.mgmlisboa.org

Dia 3 de Maio – MGM 2008

Lisboa: Encontro a partir das 14h00 no Jardim das Amoreiras (Mãe d'Água).
Partida do Largo do Rato às 16h00, com destino ao Largo de Camões.

Porto: Concentração a partir das 15h00 na Praça do Marquês.
Destino: Praça da Liberdade

Coimbra: concentração a partir das 15h00 no Largo da Portagem com destino à Praça 8 de Maio.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

CIA revela que Mugabe usa bigode à Hitler e que a sua fantasia sexual é imaginar-se de olhos em bico, pila pequenina e amarela, a sodomizar Tony Blair

Assinalou-se no dia 18 o 28º aniversário da independência do Zimbabwe, mas apesar do país estar na berra, ninguém deu por isso. É natural. Se o 5 de Outubro não fosse feriado também ninguém dava por ele.
Só me apercebi porque nesse dia li isso algures, em letra miudinha. E tive o pensamento da praxe, sentimental q.b.: Como o tempo passa! Vinte e seis anos antes, e parece ontem, celebrava o acontecimento em casa do Gastão, em Maputo. Foi com genuína emoção que ouvimos o discurso de Mugabe, transmitido pela Rádio Moçambique. Sentíamos a sua vitória como nossa, achávamo-nos uma gota numa imensa vaga revolucionária mundial prestes a libertar os povos oprimidos. “Mínimo sou, mas quando ao Nada empresto a minha elementar realidade, o Nada é só o resto”. Tínhamos lido Reinaldo Ferreira, e estávamos orgulhosos de nossa elementar realidade. Estávamos felizes e queríamos festejar, numa época em que os rigores do Poder Popular não deixavam grande margem a festejos.
A tarde estendeu-se pela noite dentro, e foi aparecendo gente. Se a memória não me trai, o Lico, o Pacas Branquinho, o Pip, o Nini e a Belinha (nomes de guerra, é claro) … Esses já morreram todos. Confesso que não tenho a certeza se lá estavam mesmo nesse dia, ou se são os seus fantasmas que se vão imiscuindo nas minhas recordações, com o passar dos anos. Porque se não estavam, deviam estar. Quem quiser saber mais, ainda pode perguntar à Xica, à Fernanda “Pato” ou à Teresa “Maluca” (nomes de guerra, é claro). Também estavam na festa, com certeza, a menos que estivessem noutra das muitas que houve em Maputo no dia 18 de Abril de 1980.
A nossa alegria justificava-se. A queda do regime racista de Smith era de importância capital para Moçambique. A Rodésia tinha criado a Renamo, e constituía uma retaguarda indispensável para aquela tropa fandanga. Além disso, com o fim da Rodésia fechava-se o cerco à África do Sul, e constituía-se uma retaguarda imensa e muito mais forte para a guerrilha anti-apartheid do ANC.
Desde a independência de Moçambique, em 1975, Samora Machel vinha apoiando activamente a luta contra Smith no território vizinho. Apadrinhou a união entre os dois principais movimentos nacionalistas (ZANU de Mugabe e ZAPU de Joshua Nkomo), e acabou mesmo por enviar tropas para combater ao lado da guerrilha zimbabweana.
Usando essa influência, visou sempre colocar à frente do futuro país um homem da sua confiança, e apostou forte em Robert Mugabe, que viveu durante anos um discreto exílio em Moçambique, como professor de inlgês numa cidade de província. É verdade que o líder da guerrilha tinha sido Tongogara, e não Mugabe. Era nele que muita gente via o líder natural para o futuro país, mas acontece que Tongogara morreu na praia. Maneira de dizer, porque de facto terá morrido num acidente de viação, pouco antes da independência. Pelo menos foi o que anunciou a direcção da ZANU, isto é, Mugabe himself. Mas a explicação deixou dúvidas a muita gente.
Também é verdade que Mugabe nunca teve o carisma de um Machel, mas nesse tempo a popularidade deste entre os zimbabweanos compensava a obscuridade daquele. Mugabe suplantou o histórico Nkomo, e foi-se afirmando como o líder do nacionalismo zimbabweano. Nessa época lia pela cartilha ideológica de Machel, mais “pro-chinesa” do que “pro-soviética”, para usar os chavões jornalísticos.
Isso, é claro, não desagradava aos Estados Unidos. Do mal, o menos. A República Popular de Moçambique terá sido o único país comunista (das dezenas que então havia), a não constar da “lista negra” norte-americana. Washington manteve sempre boas relações com Maputo (e depois com Harare), ao contrário do que sucedeu, por exemplo, com a “pro-soviética” Luanda. Era no tempo do flirt com a China iniciado por Nixon, para enfrentar o inimigo comum soviético.
Mas entretanto a Cortina de Ferro ruiu, a Rússia patinha na podridão absoluta, e a China emerge com pujantes ambições imperialistas, sobretudo em África. A conversa é outra. Agora, para Washington o imperioso é travar a China, e toca a depor os seus aliados. Desde logo Mugabe, velho amigo dos chineses. Não foi preciso inventar armas de destruição massiva. O sujeito era incompetente; em pouco tempo o Zimbabwe deixara de exportar cereais e passara a importá-los. Era despótico; a sua presidência fora marcada por constantes exacções: perseguições a opositores e a homossexuais, deslocações de população, ocupações de terras…
Enquanto foram terras de pretos, ninguém se importou muito. São pretos, que se entendam. Quando passou às terras dos brancos, outro galo cantou. Ao ocupar as herdades dos zimbaboers para as entregar aos oficiais do exército, Mugabe pôs-se a jeito. Mas não tinha outra saída, se queria preservar a lealdade dos militares, seu principal suporte.
As coisas precipitam-se. Tony Blair dirige a ofensiva euro-americana contra Mugabe. O movimento de massas, que está longe de ser todo MDC, não para de crescer. A “comunidade internacional” exige eleições, Mugabe é obrigado a ceder. Fazem-se as eleições, os resultados nunca mais aparecem…
Os governos da região dão uma no cravo e outra na ferradura. Por um lado invocam a “unidade regional” contra as pressões “neocoloniais”, e por outro querem parecer “politicamente correctos” aos olhos da Europa e dos EUA. Entre a China e os EUA, jogam com um pau de dois bicos, porque sabem que, em última análise, tudo isto não passa de um episódio preliminar num inevitável confronto de outra dimensão entre as duas potências.

José Pinto de Sá

Cu Chi (4)





Cu Chi. Vietnam

Fotos FFC

Sinais


Desenho Maturino Galvão

Mambo 42

Estaremos continuados para um outro, não apenas porque temos um corpo como um cais de onde partem intensamente mundos interiores que desejam trocar claridades pelas palavras e gestos, mas porque temos um nome que é como um caminho de regresso ao pulsar do nosso pensamento. Só compreendo o anonimato quando se pretende ficar no obscuro patamar dos bastidores, por autêntica humildade ou filosofia que inclua em si a compreensão de que o que se faz ou diz é o que poderá ser significativo e não quem foi o andaime disso, que vale; ou ainda, quando a omissão de uma identidade se relaciona com o salvar uma existência, qualquer que seja o reino a que pertença.
Mas não entendo o avanço de ideias e menos ainda se forem de carácter manipulador ou emotivo, sem assinatura.
Um nome é um rosto e quem o é, deve-lhe dar o valor dos seus próprios passos e se esses são sombra, melhor extingui-los dos caminhos comuns até que se tornem outra coisa que seja retratável, até na ciência uma teoria só é reconhecida se for passível de exposição à refutação.
Um vomitado deseja-se sem nome, por provir da maledicência dos nossos rumores físicos, mas se há algo que se deseja calorosamente transmitir? E se não há fogajem nisso, qual a razão de ser da palavra que se lança sem a mão cuja linha de carne conduz à face? Soa-me a guerra, onde a desproporção de forças gera a absoluta ilusória vitória de uma das partes, mas ainda assim os campos de batalha costumam trazer bordados a quente sangue, um nome.
Vale o que vale uma opinião e apresentando-se desconhecida, é como valendo o que vale estar além disso, decapitada.

Itália: Novo governo a 10/12 de Maio e Roma caiu nas mãos de um neo-fascista!

Governo, ameaças veladas à Oposição chantageando disponibilidade para alterações constitucionais urgentes e, sobretudo, reforço inesperado da sua arrogância pela conquista da câmara de Roma por um seu aliado da coligação e membro da Aliança Nacional( ex-MSI, neo-fascista), Gianni Alemanno.
A vitória do extremista de direita surpreendeu tudo e todos, deixando o novo Partido Democrático de Veltroni e Rutteli em muitos maus lençóis. A insegurança causada por raptos e violações cometidos por romenos e albaneses clandestinos, contribuiram para a vitória do admirador de Mussolini e Berlusconi, que prometeu a expulsão de 20 mil estrangeiros cadastrados recentemente libertados.
Berlusconi multiplica sinais de provocação contra o PSOE espanhol, a Comissão Europeia e mandou escrever ao Papa e à colónia judaica de Roma para os sossegar do clima de tensão racial explosivo que as decisões do novo edil de Roma podem vir a causar. A Imprensa europeia e norte-americana estão muito alarmadas com a viragem à direita da vida política italiana.
Berlu diz que apresentará a composição do novo Governo até 12 do corrente. Sabe-se que existem grandes pretensões de Umberto Bossi, lider da Liga do Norte, para conquistar diversos ministérios-chave- Indústria, Interior e Comércio- de forma a levar ao extremo as suas obsessões repressivas e xenófobas. Saudações fascistas surgiram na comemoração da conquista da cidade de Roma pelo neo-fascista, Gianni Alemanno, rapidamente espalhadas pelos médias de todo o Mundo.

FAR