segunda-feira, 7 de julho de 2008
Crónica da falta de inspiração. Ou a apologia do inocente B.
Não estou para
Será
politicamente correcto
E o número
Escorregando-nos pela impaciência boi que nos eleva para o dia
Na cara ausente que toca
Nós em microclima de lençóis os pulmões em maré de palmeiras
A cabeça onde cai
Sorridente lado de lá necessitado de uma apenas indicação
E na mão o horário do alfa para a ponta da vida
Há lá seixos
E está lá o último comentário sobre o ozono
E nós nem está nem está lá olho semiaberto na coxa e a faca do desejo a luminar o quanto pode
Nesse instante
O alguém de lá em
Espera
um murmúrio espraiando-se no sono ágil que espreguiça
A mudez em plástica visível
Nesse absoluto nada do oito
A memória de um poente no arame
a cavalo no horizonte
nas coxas do horizonte ardendo
Incendiado fim de linha onde se alcançam as alternativas ao petróleo
- De todos os dias nos dai hoje -
Eis que algo luz de alucinação
Em arqueologias de eus repescado
Sétima profundidade
Eis a
Semente hibernada de cinzas
Calcinado rosto de acasaláveis parentes
Classe mérdia maquetada em sofás-caveira e pantalhas nos olhos
Mais objectos rituais
A gilete e o rímel e artefactos de caça à mercadoria fetichizável
O arco e flecha bancários apontados ao brilho
do glamour repetível mundanamente
O protótipo o tipo o sapiens o nosso primo
O primo que somos de alguém
Em velocidade de cruzeiro serena para a vertigem
A tal água morna do sapo
e nada
no orbe
Agora que umas camadas
De álcool o meteriam nos eixos êxtases bacantes
Regressado júbilo à orgia cerimonial das origens
Repari-lo
Qualquer coisa assim
Diferente do actual caldeirão de fulgores bochianos
cabeças de mexilhão petingado em carnaval de medos
e Deus nunca pintado
Como diria o catedrático
Ou o xuchiólogo
Esse criado do estado estatístico do mundo a piorar recorrentemente
Empregado ao serviço da saúde da morte
Sempre constatável
E ele
O planetita desleixado
Do vírus maligno do politicamente correcto
Jugo no boi da sorte que nos calhou seguindo um trilho de merda
merda que produz e é capaz de repolir em
Quotidiano horário nobre e no esconso lugar das inscrições partidárias
Cheque para lá cheque para cá e SPA
E apesar de tudo
tudo poderia ter sido outra maneira
Se a sala oval tivesse fertilizado prospectivas
“em vez de” – o busílis - missas laicas
E a Mónica fosse menos boca e mais coração na boca talvez
E ele menos conferencista e menos amigo dos pobres ao serviço de si mesmo
Talvez essa energia do felatio pudesse ter sido fonte alternativa e limpa de novo mundo de renovável energia autosustentável (alho, muito alho)
e alternativa ao eólico e ao solar
envelhecidos
esqueleto do tempo
Aí nesse felatio global
Poderíamos ter reencontrado a história com H grande
Antes e depois de FFFFFFFFFFEEEEEEELLLLLLLAAAAAAAATIIIIIOOOOOO
Como antes e depois de C
Mas não hoje não
Baixa existencial
O que quer que isso seja
E não há urgência possível
Não abrem para orquídeas de cheiro
Pétalas selvagens nos reciclassem
humana idade
por vir
f. arom
Será
politicamente correcto
E o número
Escorregando-nos pela impaciência boi que nos eleva para o dia
Na cara ausente que toca
Nós em microclima de lençóis os pulmões em maré de palmeiras
A cabeça onde cai
Sorridente lado de lá necessitado de uma apenas indicação
E na mão o horário do alfa para a ponta da vida
Há lá seixos
E está lá o último comentário sobre o ozono
E nós nem está nem está lá olho semiaberto na coxa e a faca do desejo a luminar o quanto pode
Nesse instante
O alguém de lá em
Espera
um murmúrio espraiando-se no sono ágil que espreguiça
A mudez em plástica visível
Nesse absoluto nada do oito
A memória de um poente no arame
a cavalo no horizonte
nas coxas do horizonte ardendo
Incendiado fim de linha onde se alcançam as alternativas ao petróleo
- De todos os dias nos dai hoje -
Eis que algo luz de alucinação
Em arqueologias de eus repescado
Sétima profundidade
Eis a
Semente hibernada de cinzas
Calcinado rosto de acasaláveis parentes
Classe mérdia maquetada em sofás-caveira e pantalhas nos olhos
Mais objectos rituais
A gilete e o rímel e artefactos de caça à mercadoria fetichizável
O arco e flecha bancários apontados ao brilho
do glamour repetível mundanamente
O protótipo o tipo o sapiens o nosso primo
O primo que somos de alguém
Em velocidade de cruzeiro serena para a vertigem
A tal água morna do sapo
e nada
no orbe
Agora que umas camadas
De álcool o meteriam nos eixos êxtases bacantes
Regressado júbilo à orgia cerimonial das origens
Repari-lo
Qualquer coisa assim
Diferente do actual caldeirão de fulgores bochianos
cabeças de mexilhão petingado em carnaval de medos
e Deus nunca pintado
Como diria o catedrático
Ou o xuchiólogo
Esse criado do estado estatístico do mundo a piorar recorrentemente
Empregado ao serviço da saúde da morte
Sempre constatável
E ele
O planetita desleixado
Do vírus maligno do politicamente correcto
Jugo no boi da sorte que nos calhou seguindo um trilho de merda
merda que produz e é capaz de repolir em
Quotidiano horário nobre e no esconso lugar das inscrições partidárias
Cheque para lá cheque para cá e SPA
E apesar de tudo
tudo poderia ter sido outra maneira
Se a sala oval tivesse fertilizado prospectivas
“em vez de” – o busílis - missas laicas
E a Mónica fosse menos boca e mais coração na boca talvez
E ele menos conferencista e menos amigo dos pobres ao serviço de si mesmo
Talvez essa energia do felatio pudesse ter sido fonte alternativa e limpa de novo mundo de renovável energia autosustentável (alho, muito alho)
e alternativa ao eólico e ao solar
envelhecidos
esqueleto do tempo
Aí nesse felatio global
Poderíamos ter reencontrado a história com H grande
Antes e depois de FFFFFFFFFFEEEEEEELLLLLLLAAAAAAAATIIIIIOOOOOO
Como antes e depois de C
Mas não hoje não
Baixa existencial
O que quer que isso seja
E não há urgência possível
Não abrem para orquídeas de cheiro
Pétalas selvagens nos reciclassem
humana idade
por vir
f. arom
sábado, 5 de julho de 2008
A propósito de cada um de nós..
Sê inteiro
Para ser grande, sê inteiro: nada teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa.
Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.
Ricardo Reis
Para ser grande, sê inteiro: nada teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa.
Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.
Ricardo Reis
sexta-feira, 4 de julho de 2008
Janela (2)
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Sinais
Pro Life is Anti-Woman - George Carlin
Quando os argumentos são deste poder, só nos resta responder com humor.
Com outro obrigado a George Carlin.
A importância dos filósofos
O filósofo dizia que só os homens faziam o importante, enquanto os animais só dispunham de acções insignificantes.
Foi então que chegou o tigre e devorou o filósofo, comprovando com os dentes a teoria anteriormente apresentada.
in: O Senhor Brecht, Gonçalo M.Tavares, ed.Caminho, Lx, 2004
Talvez o mundo precise de um outro tipo de revolução e de um outro estado de realidade, a dos animais ditos irracionais...
Foi então que chegou o tigre e devorou o filósofo, comprovando com os dentes a teoria anteriormente apresentada.
in: O Senhor Brecht, Gonçalo M.Tavares, ed.Caminho, Lx, 2004
Talvez o mundo precise de um outro tipo de revolução e de um outro estado de realidade, a dos animais ditos irracionais...
quinta-feira, 3 de julho de 2008
Não se pode voltar ao presente como sendo aquele que era seu
Em menos anos se constrói uma morada, seja ela o que se quiser chamar.
Pergunto-me se um prisioneiro encaixará em si o termo "saudade", quando devolvido ao início do percurso que o conduziu até ali. Não o sentimentalismo barato, mas aquilo que se tornou em mais alma, porventura com os cheiros já adocicados do inimigo, pelo tempo de convivência.
Que pode uma pessoa passar a pensar e sentir, devido a uma mudança de chão?
É inimaginável...
Que estranheza haverá, em supôr que ela exista no olhar de uma "colombiana" raptada há anos?
O resgate não foi uma libertação, mas numa visão radical, um novo rapto, desta vez o que a faz regressar a um mundo para o qual já não pode olhar do mesmo modo.
Pergunto-me se um prisioneiro encaixará em si o termo "saudade", quando devolvido ao início do percurso que o conduziu até ali. Não o sentimentalismo barato, mas aquilo que se tornou em mais alma, porventura com os cheiros já adocicados do inimigo, pelo tempo de convivência.
Que pode uma pessoa passar a pensar e sentir, devido a uma mudança de chão?
É inimaginável...
Que estranheza haverá, em supôr que ela exista no olhar de uma "colombiana" raptada há anos?
O resgate não foi uma libertação, mas numa visão radical, um novo rapto, desta vez o que a faz regressar a um mundo para o qual já não pode olhar do mesmo modo.
L'attente (je suis celui qui attend)
«Suis-je amoureux? -- Oui, puisque j'attends.» L'autre, lui, n'attend jamais. Parfois, je veux jouer à celui qui n'attend pas; j'essaye de m'occuper ailleurs, d'arriver en retard; mais à ce jeu, je perds toujours: quoi que je fasse, je me retrouve désoeuvré, exact, voire en avance. L'identité fatale de l'amoureux n'est rien d'autre que: je suis celui qui attend.
Barthes, Fragments d'un discours amoureux
Barthes, Fragments d'un discours amoureux
Janela (1)
quarta-feira, 2 de julho de 2008
Mugabe
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Ainda Dili (31)
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L'attente (je viens de passer en une seconde de l'absence à la mort)
Il y a une scénographie de l'attente: je l'organize, je la manipule, je découpe um morceau de temps où je vais mimer la perte de l'objet aimé et provoquer tous les effets d'un petit deuil. Cela se joue comme une pièce de théatre.
Le décor représente l'intérieur d'un café; nous avons rendez-vous, j'attends. Dans le Prologue, seul acteur de la pièce (et pour cause), je constate, j'enregistre le retard de l'autre; ce retard n'est encore qu'une entité mathématique, computable (je regard mon montre plusiers fois); le Prologue finit sur un coup de tête: je décide de "me faire la de la bille", je déclanche l'angoisse d'ateente. Lacte I commence allors; il est occupé par des supputations: s'il y avait un malentendu sur l'heure, sur le lieu? J'essaye de me remémorer le moment oú le rendez-vous a été pris, les précisions qui ont été données. Que faire (angoisse de conduite)? Changer de café? Téléphoner? Mais si l'autre arrive pendant ces absences? Ne me voyant pas, il risque de repartir,etc. L'acte II est celui de la colère; j'adresse des reproches violents à l'absent: "Tou de même, il (elle) aurait bien pu...". "Il (elle) sait bient..." Ah! si elle (il) pouvait être lá, pour que je puisse lui reprocher de n'être lá, pour que je puisse lui reprocher de n'être pas lá! Dans l'acte III, j'atteins (j'obtiens?) l'angoisse toute pure: celle de l'abandon; je viens de passer en une seconde de l'absence à la mort; l'autre est comme mort:explosion de deuil: je suis intérieurment livide. Telle est la pièce; elle peut être écourtée par l'arrivé de l'autre; s'il arrive en I, l'accueil est calme; s'il arrive en II, il y a "scène"; s'il arrive en III, c'est la reconnnaissance, l'action de grâce: je respire largement, tell Pelléas sortant du souterrain et retrouvant la vie, l'odeur des roses
Barthes, Fragments d'un discours amoureux
Le décor représente l'intérieur d'un café; nous avons rendez-vous, j'attends. Dans le Prologue, seul acteur de la pièce (et pour cause), je constate, j'enregistre le retard de l'autre; ce retard n'est encore qu'une entité mathématique, computable (je regard mon montre plusiers fois); le Prologue finit sur un coup de tête: je décide de "me faire la de la bille", je déclanche l'angoisse d'ateente. Lacte I commence allors; il est occupé par des supputations: s'il y avait un malentendu sur l'heure, sur le lieu? J'essaye de me remémorer le moment oú le rendez-vous a été pris, les précisions qui ont été données. Que faire (angoisse de conduite)? Changer de café? Téléphoner? Mais si l'autre arrive pendant ces absences? Ne me voyant pas, il risque de repartir,etc. L'acte II est celui de la colère; j'adresse des reproches violents à l'absent: "Tou de même, il (elle) aurait bien pu...". "Il (elle) sait bient..." Ah! si elle (il) pouvait être lá, pour que je puisse lui reprocher de n'être lá, pour que je puisse lui reprocher de n'être pas lá! Dans l'acte III, j'atteins (j'obtiens?) l'angoisse toute pure: celle de l'abandon; je viens de passer en une seconde de l'absence à la mort; l'autre est comme mort:explosion de deuil: je suis intérieurment livide. Telle est la pièce; elle peut être écourtée par l'arrivé de l'autre; s'il arrive en I, l'accueil est calme; s'il arrive en II, il y a "scène"; s'il arrive en III, c'est la reconnnaissance, l'action de grâce: je respire largement, tell Pelléas sortant du souterrain et retrouvant la vie, l'odeur des roses
Barthes, Fragments d'un discours amoureux
Revista de blogues
Hoje os portugueses estão ainda mais ricos. O IVA baixou um ponto percentual. Os jornais de Economia vender-se-ão como conquilhas. Leitores ávidos procurarão conselhos para investir esta poupança. No verde pasto ibérico a vida sorri… ah! já me esquecia também hoje o preço da missa subiu de 7.5 € para 10 €.
Táxi Pluvioso, Pratinho de Couratos
Sobre a prática generalizada da retenção, no Pensamento do Meio-Dia
No Forever Pemba , este vídeo sobre o Niassa
Táxi Pluvioso, Pratinho de Couratos
Sobre a prática generalizada da retenção, no Pensamento do Meio-Dia
No Forever Pemba , este vídeo sobre o Niassa
terça-feira, 1 de julho de 2008
George Carlin - Ten Commandments
Já não escrevo há muito tempo, mas temo que se tenha deixado passar a homenagem.
Ateu e genial - George Carlin.
Menonita
Sinais
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