quinta-feira, 12 de junho de 2008

Do tempo..

ENQUANTO NOS PERDEMOS NA RECORDAÇÃO

Este é o momento
Em que já não se confunde o coração
Com axónios e sinapses
Este é o momento que ri
De todas as falsas interpretações
Sobre o tempo em modo biológico
Em que a intuição diz basta!
De teorias incompletas
De falsas explicações
Este é o vento que sopra
O maior de todos, e o menor
Que encontra na recordação a grandeza
Se o não compreendes
Tu não o compreendes
Se não plantas, enfim
Serás o ser que és, simplesmente
Uma recordação de futuro nesta farsa
A miséria incrustada num ponto de nós
Serás carne e nada, porque nada
É o zero de sentimento, o menos que um
Será esse pequeno instante
E serás sempre assim por diante
Enquanto nós, minúsculos e irrelevantes
Tentaremos a quimera, tentaremos ser grandes
Haverá sempre aquele ponto mísero de luz
Haverá sempre a esperança, ou uma só esperança
Existirão as teorias dos psicólogos rebatidas por uma só experiência
E um campo de prazer, e um amor, um só amor
Sempre, sempre um só amor
Haverá, um microssegundo de esperança
Um momento sistémico que transformará
Todos os momentos em réplicas do momento da esperança
Mesmo que saibamos que não existe verdadeira partilha
Este é o momento em que dizemos não!
Ao que as hormonas ordenam
Esse sempre procurado momento de paz
O tesouro guardado na nossa faringe
Em gemidos de amor se transforma no real
Esse sentimento ancestral, Essa esperança
Em modo incompleto, inútil, de ser homem
A pretensão infantil de ser, este símbolo
Esta maldição eterna, perene e imbecil
Uma comédia negra mascarada de tragédia
Imperfeita, irreal, impossível
Se do poema se fez nada, do suspiro fez-se tudo
Todo o amor é superação, pois
É aquilo de que necessito
Um hino à completude, uma brincadeira
O sentido, uma ilusão boa, brincadeira
Assim continuamos, sentindo o que o corpo
Nos obriga a sentir, aquilo que a alma
Nos obriga a enganar, aquilo a que chamamos
O sentido, uma anedota de lindas cores
Um beco sem saída, uma coisa linda
Um certo brilho no olhar, um andar
Um bambolear inesquecível, uma forma
Entre o sim e o não está o Todo, eu vejo-o
Naquela forma bamboleante de Homem, não
De Mulher, de anjo, de deusa de tudo
Eu vejo-a, e será o momento, o coração
Obrigado por impulsos sinápticos, eu dizia
Que o coração me transporta em frente, ao instante
Do Todo, tudo o que significa, o magnífico
A compreensão do instante como instantâneo
Meu irmão! Meu amor, meu doce e terno amor
Instantâneo, minha querida e doce forma de vida
Agora sim, os amantes poderão ser tristes
Não existe qualquer contradição, meu amor
Afinal preencher os bocados que nos faltam não é
A mesma coisa que nos completarmos, sabes bem
Que não é; e que a recordação do momento
É tão forte que toma o lugar do momento
Propriamente dito. Enquanto nos perdemos
Na recordação somos como deuses, somo como
Tudo, em nós tudo prepassa, tudo se faz
Verdadeiro, em nós toda a beleza aparece
Consumindo-se em autofagia, e meu amor
É isso que significa a recordação do momento

Nada de preocupante se passa

Como é evidente, nada se passa de preocupante neste país, se exceptuarmos a equipa... Ah, a equipa joga e ganha...!

Léo Ferré

Les Anarchistes

TV Zizek (2)

Rui Knopfli

II. PÁTRIA

Um caminho de areia solta conduzindo a parte
nenhuma. As árvores chamavam-se casuarina,
eucalipto, chanfuta. Plácidos os rios também
tinham nome por que era costume designá-los.
Tal como as aves que sobrevoavam rente o matagal

e a floresta rumo ao azul ou ao verde mais denso
e misterioso, habitado por deuses e duendes
de uma mitologia que não vem nos tomos e tratados
que a tais coisas é costume consagrar-se. Depois,
com valados, elevações e planuras, e mais rios

entrecortando a savana, e árvores e caminhos,
aldeias, vilas e cidades com homens dentro,
a paisagem estendia-se a perder de vista
até ao capricho de uma linha imaginária. A isso
chamávamos pátria. Por vezes, de algum recesso

obscuro, erguia-se um canto bárbaro e dolente,
o cristal súbito de uma gargalhada, um soluço
indizível, a lasciva surdina de corpos enlaçados.
Ou tambores de paz simulando guerra. Esta
não se terá feito anunciar por tal forma

remota e convencional. Mas o sangue adubou
a terra, estremeceu o coração das árvores
e, meus irmãos, meus inimigos morriam. Uma
só e várias línguas eram faladas e a isso,
por estranho que pareça, também chamávamos pátria.

De quatro paredes restaram as paredes. Com as folhas
de zinco e a madeira ferida dos travejamentos
perfaziam uma casa. Partes de um corpo
desmembrado, dispersas ao acaso, vento e silêncio
as atravessam e nelas não dura a memória

que em mim, residual, subsiste. Sobre escombros deveria,
talvez, chorar pátria e infância, os mortos que
lhe precederam a morte, o primeiro e o derradeiro
amor. Quatro paredes tombadas ao acaso e isso bastou
para que, no que era só mundo, todo o mundo entrasse

e o polígono demarcado, conservando embora
a original configuração, fosse percorrido por
um arrepio estrangeiro, uma premonição de gelos
e inverno. Algo lhe alterara imperceptivelmente
o perfil, minado por secreta, pertinaz enfermidade.

Semelhante a qualquer outro, o lugar volvia meta
e ponto de partida, conceitos que, como a linha imaginária,
circunscrevem, mas de todo eludem, o essencial,
Ladeado de sombras e árvores, o caminho de areia,
que se dizia conduzir a parte alguma, abria

para o mundo. A experiência reduz, porém,
a segunda à primeira das asserções: pelo mundo
se alcança parte nenhuma; se restringe ficção
e paisagem ao exíguo mas essencial: legado
de palavras, pátria é só a língua em que me digo.


José Pinto de Sá

Ainda Dili (27)


Pintura João de Azevedo

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Pode-se trazer o som de um filho a crescer
Num saco de mão
Pensa aquele que vê o mundo a tornar-se outro.
Mas mesmo com muitos invernos de treino
E com o corpo calejado de imobilidade
Pensar não é necessariamente acertar no alvo.
É isso a tontura da existência.

In: Caixinha com rodas, ed.GEIC

Rússia: Os " ladrões tornaram-se conservadores …"


O futuro do terceiro período do post-sovietismo é hoje escalpelizado pelo grande jornalista sénior do Libération, Bernard Guetta. O famoso editorialista lança suspeitas sobre a força da aliança entre Poutin e Medvedev. Sublinha que o novo Presidente russo quer implantar, de facto, um Estado de Direito, conforme os canônes do Ocidente.Lembra as palavras do recém-eleito PR russo em Berim: " :Defendemos, acima de tudo, o modelo do estado de Direito e o respeito das leis internacionais ".
A formação de uma OPEP-bis de parceria com o Irão, a Líbia e a Venezuela pode estar comprometida, portanto. A não ser que o tonitruante PR iraniano consiga realizar um golpe de Estado deslizante. E a China, a Rússia e os banqueiros árabes decidam investir massivamente na modernização do aparelho de extracção petrolífero da antiga Pérsia.
Por isso, a eleição de um democrata para a Casa Branca se torna muito importante para a geopolítica mundial.A mundialização agiganta-se e os novos dirigentes russos parecem estarem cientes da responsabilidade política que lhes pesa nos ombros. A NATO deixou de ser uma ameaça para a Rússia, outra das viragens estratégicas que Medvedev sustenta e quase que apadrinha.

Cet horizon paraît tellement improbable que le scepticisme n’est pas interdit, mais écoutons ce quadragénaire souriant, poupin, s’adresser, jeudi, à la crème des élites allemandes. «La Russie et l’Allemagne, lance-t-il d’emblée, sont deux pays européens» et, pour bien faire comprendre qu’il ne s’agit pas là d’un constat géographique mais d’un choix politique, il enchaîne : «Nous sommes, au-dessus de tout, attachés à l’Etat de droit et au respect de la loi internationale, par les grandes puissances avant tout». «La fin de la Guerre froide, poursuit-il, permet de bâtir une véritable coopération d’égaux entre la Russie, l’Union européenne et l’Amérique du Nord, les trois branches de la civilisation européenne». «Nous avons besoin, martèle-t-il, de débattre, aujourd’hui, d’une unité de toute l’aire euratlantique, de Vancouver à Vladivostok.» Non seulement Dmitri Medvedev plaide l’organisation du continent Europe mais, loin d’en revenir à l’ambition soviétique d’un «découplage» entre l’Europe et l’Amérique, il veut associer l’Otan, donc les Etats-Unis, à la négociation de ce «pacte régional» de sécurité européenne qu’il est venu proposer à Berlin. La Russie, dit-il en clair, est part d’un monde occidental à l’unité duquel elle veut contribuer dans un siècle où tout menace la prééminence de l’Occident.

Des mots ? Oui, mais outre que les mots comptent en politique et que la Russie a autant peur de la Chine que du monde arabo-musulman, écoutons la suite : «Comme le dit John Le Carré, la Russie est sortie du froid. Ayant abandonné le système soviétique et toute idée de le restaurer, elle place son avenir dans l’innovation […] Son haut niveau de stabilité financière, sociale et politique ouvre de nouveaux horizons à un investissement moderne et fiable [et] notre objectif n’est pas seulement d’atteindre une haute qualité de croissance économique. Il est, également, de transformer la structure entière de notre société en soutenant le développement de la classe moyenne, solide base sur laquelle construire la démocratie».

Là, l’oreille se tend. C’est là que Dmitri Medvedev retient vraiment l’attention car il passe, là, des souhaits aux faits. L’argent russe, cette force qui a tellement soutenu sa candidature, est devenu demandeur de lois et de règles afin de consolider ses droits de propriété, attirer des capitaux occidentaux et pouvoir, aussi, s’investir en Occident. Butin pris, les voleurs sont devenus conservateurs. Comme ces nouvelles classes moyennes que l’on voit prendre des vacances familiales aux quatre coins de l’Europe, ils se vivent comme Occidentaux et le successeur de Vladimir Poutine - un juriste, pas un homme du KGB - est à l’exacte image de ces yuppies russes, trop jeunes pour avoir été façonnés par le communisme et dont toutes les aspirations sont occidentales.
Dmitri Medvedev exprime une nouvelle Russie - celle qui est, effectivement, part de l’Occident.

Bernard Guetta est membre du conseil de surveillance de Libération.
FAR

Ontem foi Dia da Raça?


(com a devida vénia ao Jumento)

As comemorações do Dia de Portugal ficaram marcadas por uma expressão de Cavaco Silva a propósito da paralisação dos camionistas. O Presidente da República disse que não comentava a situação porque estava a comemorar o «Dia da Raça», uma expressão utilizada no tempo do Estado Novo para assinalar o 10 de Junho.

Estocolmo, Maio, 5 da manhã (2)


Foto Sérgio Santimano

Sinais


Desenho Maturino Galvão

Professor Karamba (ou "o mercado é sagrado e trata de tudo")

"Será possível liberalizar os combustíveis, impedindo qualquer cartel, de modo a que o efeito previsível seja, até, o da baixa dos preços"

Durão Barroso, 18 de Julho de 2002 ao Público. Como ministra das Finanças, a senhora que não se consegue distinguir de Sócrates.

TV Zizek (1)

terça-feira, 10 de junho de 2008

China: Missão eco-cultural francesa mostra-se confiante

Uma missão de historiadores e economistas de alto nível francesa visitou a China, sobretudo a do interior, há umas semanas. Fazem um balanço muito positivo, conforme se assinala neste artigo hoje publicado no Le Monde. Apesar de ter uma economia socialista de Mercado, a China ultrapassou o escalão do Sub-Desenvolvimento e detém 25 por cento das reservas mundiais de moeda estrangeira.
LE MONDE 10.06.08 14h01

L'actualité se chasse d'elle-même ; épinglée sur la question du Tibet, la Chine est saluée par la presse internationale pour la rapidité, l'efficacité et la transparence de l'intervention des autorités face à la catastrophe provoquée par le tremblement de terre du Sichuan.
Déjà, New York fait pâle figure comparée à l'incroyable Shanghaï, où les gratte-ciel poussent comme des champignons de toutes les couleurs en se lançant des défis de beauté architecturale. De la dictature communiste, il reste l'autorité centrale qui impose et organise l'économie socialiste (ou plutôt impériale) de marché. Elle permet en effet de raser d'un coup des quartiers insalubres, mais pour les remplacer par des immeubles en hauteur de bonne facture avec tout le confort moderne, à commencer par la climatisation.

Même dans la Chine profonde, les magasins regorgent de produits de base et de superflu, et les policiers rencontrés, comme partout ailleurs dans le monde, y sont plutôt rares et généralement équipés seulement d'un téléphone portable. C'est dire qu'il convient de réviser nombre de nos clichés sur la Chine.

Tout d'abord, ce n'est plus un pays sous-développé. Les standards internationaux montrent que la Chine avait, en 2006, un PIB par habitant de 7 500 dollars (soit dix fois plus en réel qu'en 1980), c'est-à-dire le niveau de la France à la fin des années 1950 ou du Portugal en 1970. Notre niveau de vie serait aujourd'hui quatre fois supérieur à celui de la Chine. Mais, si l'on fait des calculs comme les aimait Jean Fourastié, en ramenant le salaire moyen d'un employé à la valeur locale de certains produits communs à la France et à la Chine, l'écart de niveau de vie se situe plutôt entre deux et trois. C'est dire que le taux de change d'un à dix entre le yuan et l'euro est largement sous-évalué pour le yuan, mais c'est ce qui a notamment permis à la Chine de dégager d'énormes excédents extérieurs, au point qu'elle détient aujourd'hui le quart des réserves mondiales de change.

Au rythme actuel (7 % à 8 % par an de croissance du PIB par habitant, contre 1 % à 2 % chez nous), les Chinois nous auront rattrapés avant 2030. Ils nous devancent déjà en ce qui concerne les deux-roues : à Shanghaï et ailleurs, les vélos et les scooters sont silencieux car électriques.
La Chine s'enrichit, et le monde ne peut que s'en réjouir. Elle investit dans l'éducation de sa jeunesse et dans des infrastructures modernes ; mais cela ne suffira pas car, avec 1,75 enfant par femme, la relève des générations n'est pas assurée, et il lui faut donc avancer à pas de géant avant d'affronter les conséquences de son inéluctable vieillissement.

Ce formidable effort d'investissement dans les infrastructures et les équipements collectifs a été rendu possible grâce à une épargne équivalente à 40 % du PIB et entièrement canalisée par le système bancaire d'Etat. Une fois passés les Jeux olympiques de cet été et l'Exposition universelle de Shanghaï en 2010, la Chine trouvera un formidable relais de croissance dans la satisfaction d'une demande intérieure jusqu'ici volontairement bridée.

Son développement rapide profite surtout à la Chine du littoral (qui, avec 14 % de l'espace, concentre 43 % de la population, 62 % du PIB, 76 % des investissements étrangers et 93 % des exportations). Il est vrai que la Chine de l'intérieur est moins bien lotie, et que celle de l'ouest, où ne vivent que 11 % des Chinois, est en retard, avec 7 % du PIB. Mais, bonne nouvelle, les Chinois pourront se lancer bientôt à la conquête de leur Far West, qui représente 56 % de leur territoire.
Mais est-elle différente de celle que les instituteurs de la IIIe République ont imposée sans ménagement aux enfants qui s'avisaient de parler breton dans les cours de récréation ? Il y a sans doute des émeutes et des répressions choquantes pour un Occidental éclairé du XXIe siècle. Mais la remise au pas sanglante de la Vendée royaliste sous la Révolution devrait nous rendre plus modestes dans la critique d'un empire où les Hans comptent pour 92 % de la population, mais reconnaissent les coutumes et les droits des 55 minorités qui représentent seulement 100 millions d'habitants sur un total de 1,3 milliard.

Bref, nous sommes optimistes sur le genre humain quand nous voyons l'exemple de la Chine, qui réussit à se moderniser en s'appuyant sur son passé, sa culture et des valeurs ancestrales portées sur le travail. Parions que l'Empire du milieu saura continuer à se libéraliser (les Chinois peuvent voyager à leur guise et se mettre en ménage comme bon leur semble), tout en restant suffisamment autoritaire pour traiter de manière efficace les graves problèmes de pollution, de congestion urbaine, de corruption et de conditions sociales qui, là comme ailleurs, font la "une" des journaux.
FAR

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Estocolmo, Maio, 5 da manhã (1)


Foto Sérgio Santimano

Da Capital do Império

Olá,

Agora que a Hilária foi à vida venho hoje dar dois conselhos àqueles que se interessam pelas eleições deste lado do lago:
1) Ignorem notícias/especulações sobre a possibilidade da Hilária se tornar candidata à vice-presidência com o Barack Obama; a Hilária tem tantas chances disso acontecer como eu tenho de ganhar a lotaria
2) Ignorem a tentação de olharem para as sondagens que dizem que um dos dois candidatos tem mais apoio do que o outro à escala nacional. Essas sondagens em termos práticos não têm importância nenhuma.
Passo a explicar:
As eleções presidenciais americanas são disputadas Estado por Estado. Cada Estado elege um número de delegados ao Colégio Eleitoral proporcional à sua população. Quem vence num Estado ganha todos os delegados desse Estado ao Colégio Eleitoral, que tem um total de 270 delegados.
Uma olhadela ao mapa dos Estados Unidos mostra que nas últimas eleições John Kerry venceu em Estados que dão um total de 252 delegados. Primeira tarefa de Obama: garantir a vitória nesses Estados. É possivel? Talvez, mas vai haver luta cerrada pelos Estados de Michigan, Pensilvânia e Wisconsin, que Kerry venceu e onde Obama tem fraquezas (o tal eleitorado branco proletário e rural).
Segunda tarefa de Obama, se garantir esses 252 delegados: procurar outros 18 delegados e, para isso, tomem atenção ao Obama a concentrar a sua campanha no Iowa, Virginia, Carolina do Norte, Novo Mexico, Nevada, Colorado e Ohio. Alguns deles, como a Virginia, são tradicionalmente Estados republicanos mas na Virginia Obama está convencido que tem chances de ganhar porque o perfil demográfico do Estado está a mudar favorecendo as tais “elites brancas “ que gostam do Obama e que em conjunto com o eleitorado negro lhe podem dar a vitória. Noto que Obama esteve na Virnigia no dia a seguir à sua vitoria eleitoral e que hoje segunda-feira vai também fazer um comício nesse Estado.
É por causa desses Estados que a Hilária tem tantas chances de ser nomeada candidata à vice-presidência como eu tenho de ganhar a lotaria. O Obama vai escolher alguém que o ajude a ganhar votos nesses Estados ou ainda na Geórgia, outro dos que ele poderá mudar a seu favor se conseguir registar cerca de 600 mil negros que não estão registados como votantes, ou então alguém que o ajude a minimizar os receios/apreensões com a inexperiência de Obama a nivel de segurança/política externa. Figuras a ter em conta: Governadores da Pensilvânia e Ohio, o antigo senador pelo Estado da Geórgia, Sam Nunn (um perito em questões de segurança exerna) . Ou talvez a governadora do Kansas, conservadora da “América profunda” capaz de acalmar não só os inseguros como também apaziguar as democratas ofendidas com a derrota da rainha Hilária.
Tomem outra coisa em atenção: nas últimas eleições 13 Estados foram decididos por um máximo de vantagem de sete por cento. A esmagadora maioria desses por menos do que isso. O que siginifica que podem mudar para um lado ou outro.
Esses Estados são: Colorado, Florida, Iowa, Michigan, Minesota, Nevada, New Hampshire, New Jersey, New Mexico, Ohio, Oregon, Pensilvânia e Wisconsin.
Com à vontade posso avisar-vos que as eleições vão ser ganhas ou perdidas nesse Estados. Talvez ainda se possa contar a Florida, Virginia e mesmo o Missouri, que também poderão estar em jogo. Um máximo de 16 Estados. O resto é paisagem eleitoral.
Abraços

Da capital do Império

Jota Esse Erre

Sinais


Desenho Maturino Galvão