IL Professore recuou um passo atrás na contenção do combate ao déficite público e vai tentar convencer a coligação de esquerda-extrema-esquerda no poder a privilegiar o investimento produtivo no Sul
Ao contrário do seu homólogo lusitano, o PM italiano não valoriza muito o combate ao
déficite orçamental público. A magia e imaginação da nova Esquerda transalpina levam-na a adoptar uma política económica e social ao arrepio dos ventos claudicantes das teses neoliberais que ainda se agitam nos centros de decisão europeus e mundiais. Neste artigo do correspondente do Le Figaro em Roma, Richard Heuzé, fica-se com a sensação que Romano Prodi lá vai (in)seguro e determinado a mudar, com o articulado mais maquiavélico do " devagar devagarinho...levo a água ao meu moinho...".
A Itália tem uma conjuntura macroeconómica muito contrastante. Só que os patrões italianos parecem apoiar Prodi na sua reforma enviesada e não se coíbem, como o referiu recentemente Cordero de Montezemolo, o patrão dos patrões e pdg da Fiat e Ferrari, que a Itália é rica. E é rica porquê? Porque dispõe de uma taxa de poupança enorme, sete vezes o PIB, quase cem por cento superior à média europeia e equiparando-se com a almofada de poupança do japonês e do inglês, das maiores do Mundo. Poupança quer dizer capacidade de investimento potencial produtivo, em grande escala...E a nave gira!
Apesar de ter descido mais uns pontos no ranking da Competitividade mundial, a Itália comanda no capítulo da fraude fiscal com somente 0,14 dos contribuintes a declararem sujeito a imposto mais de 200 mil Euros. A taxa de pensões sociais cobre cerca de 16 milhões de almas; e a taxa média horária de laboro atinge perdas de um ano em cinco em relação com a americana, índices de ums surrealista desenvoltura.
O fulgor industrial do " Triveneto ", região compreendida entre Verona e Trieste, triângulo super-espectacular da manufactura exportadora italiana e berço da nova direita berlusconiana, está em crise por causa da concorrência asiática e do estilo " tricolor " de gestão adoptado no início dos faustosos anos 80. Prodi terá força política para continuar a impor-se? De qualquer das formas, a Itália de esquerda recuperou já uma certa imagem de confiança e atrai toda a atenção da inteligentzia neo-esquerdista mundial.
Ler mais aqui no Le Figaro
FAR
segunda-feira, 23 de outubro de 2006
domingo, 22 de outubro de 2006
O DIA QUE INVEJEI MEU PRESIDENTE
Tenho prosa
publicada
em livro,
não tenho
poesia!
Mas sou poeta
desde
a primeira
hora,
sinto isso.
Se me perguntassem
o que gostaria
de ser
em Novembro?
Sem consultar
Wycliffe Jean
responderia
Presidente
de Moçambique,
só p’ra viver
o parto
de meus versos
em livro.
Domi Chirongo
publicada
em livro,
não tenho
poesia!
Mas sou poeta
desde
a primeira
hora,
sinto isso.
Se me perguntassem
o que gostaria
de ser
em Novembro?
Sem consultar
Wycliffe Jean
responderia
Presidente
de Moçambique,
só p’ra viver
o parto
de meus versos
em livro.
Domi Chirongo
sábado, 21 de outubro de 2006
França: Pré-campanha Presidenciais espevita a 200 dias da primeira volta
"Agora as pessoas vulgares tornaram-se nos nossos mestres, aconselham a todos a resignação e a modéstia, a prudência e a aplicação, as deferências, a longa via sacra das pequenas virtudes".
F. Nietzsche, in Gaia Ciência. Fragmentos Póstumos
Ségolène Royal ou Sarkosy: que venha o diabo e que escolha!!! O jogo mortífero da sociedade de espectáculo cilindrou-os. Os seus parceiros e rivais sobressaltaram-se com o fulgor mediático da concubina do líder dos socialistas e Sarkosy , numa postura de recuo, tenta ganhar força para enfrentar Chirac- Villepin e os seus muchachos. A inacreditável saga do banco luxemburgês Clearstream voltou esta semana de chofre e com feed-backs avassaladores. Ninguém sabe no que isto vai dar: ou será o único meio de Sarkosy anular a dupla que ainda detém o poder de Estado? Johnny Halliday, apoiante declarado de Sarkosy, não se conteve e disse, sobre Ségolène, que ela tinha uma sexualidade picante à flor da pele. E, acrescentou mesmo, que ninguém sabe se não a viria a apoiar...
Entretanto, a grande e retumbante aquisição do provável candidato da direita foi a do rapista Doc Gynéco - que defende que o shit e a erva são "as melhores coisas" que existem - a coke só serve para "excitar as namoradas"- e que se abalança a comparar GW Bush com Nicolas Sarkoy. " Sarkosy é uma cenoura e faz prazer às nossas namoradas. Vende-lhes inutilidades... Não acredito como toda a gente se deixa enganar. Sabemos que não presta humanamente, mas temos a impressão que para dirigir o país serve "., exclama o assombrado cantor que, investigado pelo" Le Canard Enchainè", é-lhe apontada uma dívida às Finanças que ronda os 700 mil Euros, datada de 2003 já; e as más-línguas juntam o doce com o chocolate para provarem o inesperado apoio...
Muito mais do que os epítetos utilizados por Chirac/Villepin para lixar Sarkosy, do género, é um" anão" e por isso não pode ser PR, ou pior ainda, a contrapor aos de "incendiário" e "louco" aplicados pela banda-a-sarkosista contra o actual PM ; o Canard, um peso pesado do jornalismo de investigação e credibilidade de nível mundial, revelou com detalhes ao pormenor uma estranha e rocambolesca história sobre a privatização realizada pelo Governo Jospin (PS) da toda-poderosa empresa EADS, a casa-mãe do Airbus, porventura uma das maiores e mais fortes empresas da Europa e do Mundo. Por pouco mais de 40 biliões de Euros de activos cedidos, os Grupos Lagardère e Mercedes-Benz compraram uma empresa que já valeu 4 vezes mais...
Por incrível que possa parecer, o ministro das Finanças responsável pela operação foi Dominique Strauss-Khan, o compère do Jet Set mundial, casado com uma multimilionária judia em terceiras núpcias, e de quem se fala como responsável de um acordo secreto Ségolène/ Strauss-Kahn para as presidenciais. Daí, os dados estarem lançados e nada de relevante - a não ser o prodigioso circo mediático interactivo dos candidatos - venha a ser criado para atacar os reais e profundos problemas estruturais que afectam o desenvolvimento da Europa e do Mundo.
FAR
F. Nietzsche, in Gaia Ciência. Fragmentos Póstumos
Ségolène Royal ou Sarkosy: que venha o diabo e que escolha!!! O jogo mortífero da sociedade de espectáculo cilindrou-os. Os seus parceiros e rivais sobressaltaram-se com o fulgor mediático da concubina do líder dos socialistas e Sarkosy , numa postura de recuo, tenta ganhar força para enfrentar Chirac- Villepin e os seus muchachos. A inacreditável saga do banco luxemburgês Clearstream voltou esta semana de chofre e com feed-backs avassaladores. Ninguém sabe no que isto vai dar: ou será o único meio de Sarkosy anular a dupla que ainda detém o poder de Estado? Johnny Halliday, apoiante declarado de Sarkosy, não se conteve e disse, sobre Ségolène, que ela tinha uma sexualidade picante à flor da pele. E, acrescentou mesmo, que ninguém sabe se não a viria a apoiar...
Entretanto, a grande e retumbante aquisição do provável candidato da direita foi a do rapista Doc Gynéco - que defende que o shit e a erva são "as melhores coisas" que existem - a coke só serve para "excitar as namoradas"- e que se abalança a comparar GW Bush com Nicolas Sarkoy. " Sarkosy é uma cenoura e faz prazer às nossas namoradas. Vende-lhes inutilidades... Não acredito como toda a gente se deixa enganar. Sabemos que não presta humanamente, mas temos a impressão que para dirigir o país serve "., exclama o assombrado cantor que, investigado pelo" Le Canard Enchainè", é-lhe apontada uma dívida às Finanças que ronda os 700 mil Euros, datada de 2003 já; e as más-línguas juntam o doce com o chocolate para provarem o inesperado apoio...
Muito mais do que os epítetos utilizados por Chirac/Villepin para lixar Sarkosy, do género, é um" anão" e por isso não pode ser PR, ou pior ainda, a contrapor aos de "incendiário" e "louco" aplicados pela banda-a-sarkosista contra o actual PM ; o Canard, um peso pesado do jornalismo de investigação e credibilidade de nível mundial, revelou com detalhes ao pormenor uma estranha e rocambolesca história sobre a privatização realizada pelo Governo Jospin (PS) da toda-poderosa empresa EADS, a casa-mãe do Airbus, porventura uma das maiores e mais fortes empresas da Europa e do Mundo. Por pouco mais de 40 biliões de Euros de activos cedidos, os Grupos Lagardère e Mercedes-Benz compraram uma empresa que já valeu 4 vezes mais...
Por incrível que possa parecer, o ministro das Finanças responsável pela operação foi Dominique Strauss-Khan, o compère do Jet Set mundial, casado com uma multimilionária judia em terceiras núpcias, e de quem se fala como responsável de um acordo secreto Ségolène/ Strauss-Kahn para as presidenciais. Daí, os dados estarem lançados e nada de relevante - a não ser o prodigioso circo mediático interactivo dos candidatos - venha a ser criado para atacar os reais e profundos problemas estruturais que afectam o desenvolvimento da Europa e do Mundo.
FAR
sexta-feira, 20 de outubro de 2006
Possivelmente pátria
Há, apesar de tudo, um lugar
com Outonos feitos de afectos e cheiros generosos.
Um lugar onde evoco mãos fraternas e olhares ternos.
Um lugar onde converso e. por vezes, me remeto a um silêncio de quem lhe apetece apenas ver.
Rostos amigos, cumplicidades.
Um lugar feito de cidades que me acolhem no sorriso de uns braços que se estendem para mim.
Onde moram os amigos?
Em que cidade se escondem?
A ternura e a fraternidade estão nesse lugar.
São vozes, risos, olhares. um gesto apenas.
Nomes.
O lugar que procuro.
com Outonos feitos de afectos e cheiros generosos.
Um lugar onde evoco mãos fraternas e olhares ternos.
Um lugar onde converso e. por vezes, me remeto a um silêncio de quem lhe apetece apenas ver.
Rostos amigos, cumplicidades.
Um lugar feito de cidades que me acolhem no sorriso de uns braços que se estendem para mim.
Onde moram os amigos?
Em que cidade se escondem?
A ternura e a fraternidade estão nesse lugar.
São vozes, risos, olhares. um gesto apenas.
Nomes.
O lugar que procuro.
ANUNCIANDO UM POETA
A notícia
já circulava
nos bastidores
da cidade
das acácias
mas como que
a combater
o boato
cedo
certo jornal
anunciou
o renascimento
de um intelectual
talvés o número um
ou mesmo três
mas agora
a ordem
não interessa
o que importa
neste momento
é reconhecer
que meu presidente
é um poeta
presente
quem duvida
que viva
até Novembro
p’ra escutar
os cantares
dos tambores
neste dois mil
e seis
Domi Chirongo
já circulava
nos bastidores
da cidade
das acácias
mas como que
a combater
o boato
cedo
certo jornal
anunciou
o renascimento
de um intelectual
talvés o número um
ou mesmo três
mas agora
a ordem
não interessa
o que importa
neste momento
é reconhecer
que meu presidente
é um poeta
presente
quem duvida
que viva
até Novembro
p’ra escutar
os cantares
dos tambores
neste dois mil
e seis
Domi Chirongo
Armando,
Não passou me despercebido o nascimento de mais um herói em Portugal. Daqueles para ser enterrado no Panteão Nacional entalado entre o Camões e o Manuel de Arriaga. Por debaixo da Amália se não houver espaço. Para o povo ir apalpar-lhe o mármore em peregrinação. O secretário de Estado adjunto da Indústria e Inovação Castro Guerra era o que nós precisávamos. O prego de ouro para a nossa História. Parca em pessoas com mérito, mas condimentada com assassinos, como o Vasco da Gama, e zarucos como o Pedro Alvares Cabral, e idiotas chapados que percorreram as três malfadadas casas reais.
O secretário de Estado contou a melhor anedota de todos os tempos. Que os responsáveis pelo aumento de 16% na electricidade eram os consumidores passados que pagaram pouco. Acautelem-se o Fernando Rocha e o Gato Fedorento pois vão ficar desempregados. Ou devido à concorrência feroz do areópago do Governo vão ter que aumentar a qualidade das piadas. Ou serem cilindrados pelas leis do mercado e acabarem os dias a contar anedotas para executivos nos fins-de-semana de interacção promovidos pelas empresas que privilegiam a formação social.
Estes governantes, quando abrem a boca, sai sempre asneira. Não dão hipótese à mosca. Se estivessem calados passariam por ajuizados como aqueles sábios dos filmes de kung-fu. Com dois ou três sons articulados irradiam sapiência. Já resultou com aquele político que não falava porque tinha bolo-rei para comer. O entourage tomou-o por um génio.
Eu acho que devemos fazer algo para homenagear Castro Guerra ainda em vida. Para acabar com a sina das homenagens póstumas aos portugueses excelsos. Por isso, proponho que votemos Castro Guerra como o melhor português de todos os tempos no concurso da RTP “Grandes Portugueses”. Façamos um desígnio nacional (mais um) reconhecer o valor deste homem. Um português das cinco quinas, dos sete costados, dos onze jogadores, muito mais à frente que o Scolarão ou o Figão. Eu já votei. Não te esqueças de votar para valorizarmos o que é nosso. Como a pêra de trás-os-montes e o feno do Alentejo. Temos que consumir marca Portugal. Castro Guerra para português número um!
Um abraço.
Maturino Galvão
Não passou me despercebido o nascimento de mais um herói em Portugal. Daqueles para ser enterrado no Panteão Nacional entalado entre o Camões e o Manuel de Arriaga. Por debaixo da Amália se não houver espaço. Para o povo ir apalpar-lhe o mármore em peregrinação. O secretário de Estado adjunto da Indústria e Inovação Castro Guerra era o que nós precisávamos. O prego de ouro para a nossa História. Parca em pessoas com mérito, mas condimentada com assassinos, como o Vasco da Gama, e zarucos como o Pedro Alvares Cabral, e idiotas chapados que percorreram as três malfadadas casas reais.
O secretário de Estado contou a melhor anedota de todos os tempos. Que os responsáveis pelo aumento de 16% na electricidade eram os consumidores passados que pagaram pouco. Acautelem-se o Fernando Rocha e o Gato Fedorento pois vão ficar desempregados. Ou devido à concorrência feroz do areópago do Governo vão ter que aumentar a qualidade das piadas. Ou serem cilindrados pelas leis do mercado e acabarem os dias a contar anedotas para executivos nos fins-de-semana de interacção promovidos pelas empresas que privilegiam a formação social.
Estes governantes, quando abrem a boca, sai sempre asneira. Não dão hipótese à mosca. Se estivessem calados passariam por ajuizados como aqueles sábios dos filmes de kung-fu. Com dois ou três sons articulados irradiam sapiência. Já resultou com aquele político que não falava porque tinha bolo-rei para comer. O entourage tomou-o por um génio.
Eu acho que devemos fazer algo para homenagear Castro Guerra ainda em vida. Para acabar com a sina das homenagens póstumas aos portugueses excelsos. Por isso, proponho que votemos Castro Guerra como o melhor português de todos os tempos no concurso da RTP “Grandes Portugueses”. Façamos um desígnio nacional (mais um) reconhecer o valor deste homem. Um português das cinco quinas, dos sete costados, dos onze jogadores, muito mais à frente que o Scolarão ou o Figão. Eu já votei. Não te esqueças de votar para valorizarmos o que é nosso. Como a pêra de trás-os-montes e o feno do Alentejo. Temos que consumir marca Portugal. Castro Guerra para português número um!
Um abraço.
Maturino Galvão
quinta-feira, 19 de outubro de 2006
E Bolonha, também é praxe?
Enquanto a função pública se manifesta e os professores juntam um sexto dos seus quadros para lutarem contra o Ministério da Educação, existe um terceiro grupo atacado pelas leis do mercado que teima em estar quieto. Pasmem-se, os mais inertes são os que supostamente têm mais energia: os estudantes.Com o Tratado de Bolonha e a pressa de mercantilizar o Ensino Superior (os mestrados, correspondentes ao segundo ciclo de ensino, custam cerca de 3000 euros na maior parte dos casos, o que é manifestamente mais do que a maior parte das famílias portuguesas podem pagar. E, por favor, não vamos falar das bolsas que, de tão irrisórias, não ascendem ao estatuto de contra-argumento), o Estado ataca os estudantes nos seus direitos mais básicos, obrigando ainda a uma série de despedimentos no corpo docente, também eles vítimas da “competitividade”, “flexibilidade” e outros “-ades” pomposos.
E, no entanto, nenhum estudante se mexe. Ocupados em pinturas, brincadeirinhas “para integrar” e em canções sexistas e que defendem os seus cursos (como se gritar por “INFORMÁTICA!” contra “LEEEEEETRAS!” trouxesse algo de novo ao mundo), os estudantes esqueceram-se de lutar.
As Universidades, hoje, não são um sítio onde se aprende a pensar e a discutir. Ninguém se sentou à mesa para ver o que Bolonha trazia. O pacote já vinha embalado e pronto a consumir. Um regalo que nós, petizes, fomos obrigados a comer.
Para muito disso, contribui a praxe. Esse método único de integração. Como se pessoas de 18 anos não conseguissem conhecer outras sem criar redes de hierarquias e sem reconhecer a antiguidade como valor mais alto. As batinas negras já não as mesmas que Zeca Afonso envergava, são um produto que custa mais de 100 euros e vem também já embalado e prestes a consumir. Hoje, o movimento estudantil é isto. É uma “brincadeira” (nem sempre) leve que se baseia na hierarquia, na humilhação e na falta de respeito básico. As Associações de Estudantes são agendas de festas e não mesas de discussão.
A praxe é o paradigma de como, aos 18 anos, é possível aprender a dizer “sim” a tudo só “porque sim” ou “porque sempre assim foi”. A praxe simboliza o engolir em seco para depois se estar no poder. A praxe é a alienação mais bacoca e profunda em que os estudantes caíram. A praxe serve para quem gosta de mandar e para quem gosta de obedecer (e assim, de uma assentada, aprende-se a gostar do “poderzinho” e a calar e comer).
A consciência cívica foi substituída pela “mulher gorda”.
Segundo a Universidade Nova de Lisboa: “As propinas do 1º ciclo de estudos (licenciatura) serão tabeladas, tal como ocorre actualmente. As propinas dos restantes ciclos de ensino superior tenderão a ser propinas livres, estabelecidas pelos estabelecimentos de ensino”.
Confiemos o nosso futuro a outros, então. De certeza que vai correr bem e as propinas serão acessíveis a todos. Se assim não for, paciência. Isto da “crise”, já diz o outro, “toca a todos!”.
Já é da praxe.
Manuel Neves
China: exportações de automóveis originais programadas só para 2015
O NY Times narra os falsos alertas vividos nas expôs de automóveis de Detroit e de Paris neste Outono 2006...
A entrada da China na OMC, há perto de dois anos, introduziu uma nova dinâmica no " atelier " do Mundo. Depois dos electro-domésticos e dos PC´s rudimentares, dos sapatos e dos têxteis multimodos, os empresários e a locomtiva do partido-Estado chinês resolveram virar-se para o despertar da indústria automóvel. Com o agridoce da conhecida rivalidade triangular entre os EUA- a União Europeia e o Japão com a Coreia do Sul. Nem tudo é fácil, porque o mercado está cada vez mais concentrado e os rivais têem quotas de mercado dificéis de igualar sem colossais investimentos em unidades de raíz. E depois há que esperar pela fornada de novos engenheiros a licenciarem-se fora da China.
O desafio está lançado até porque a Daimler-Chrysler e a Honda, já têm linhas de montagem in loco na província chinesa a acopular veículos para exportar... e para venderem localmente. O baixo de gama não pega: por causa do mercado de usados ter disparado e do processo de garantias funcionar muito melhor. Tudo isto é objecto de um artigo-reportagem em directo na edição de hoje do NY Times, num extenso e articulado artigo escrito por Keith Bradsher.
Fundamentalmente, os empresários chinesem- já existem os construtores Geely, a Chery, a Shangai Automotive e a Nanjing Automobile- têm que investir muito em fábricas e nos cursos de electrónica e mecânica automóvel, com ou sem a ajuda dos " instrutores " do exército chinês, sinaliza o jornalista. A Honda e a Daimler-Chrysler constroem já em joint-ventures alguns utilitários na China quase exclusivamente para exportação no futuro imediato.
Os empresários e comerciantes ocidentais multiplicam os testes aos protóptipos que a Geely e a sua concorrente, a Chery, têm enviado para aprovação na Alemanha e nos EUA. De uma forma geral, os utilitários podem vir a ser comercializados mas, tão só, nos países de África e da àsia que colaboram com a China no capítulo das trocas comerciais fomentadoras. Só que o domínio mundial dos grandes construtores não lhes permitem sonhar com melhores mercados. Porque a Hyundai e a Kia fazem muito bem esse serviço e a Toyota e a Honda disputam palmo-a-palmo todo esse segmento de vendas popular de grande êxito nas citadas paragens orientais.
Os construtores chineses são mesmo alvo de desfeitas da parte dos congéneres estrangeiros, especialmente os japoneses, que como possuem uma enorme e ganhadora experiência os amordaçam e subalternizam. Os japoneses jogam com os dispositivos sofisticados- que os chineses não têem por hora, e por isso agradam a todos os parceiros comerciais dos exigentes mercados norte-americano e europeu, salienta o jornalista.
FAR
A entrada da China na OMC, há perto de dois anos, introduziu uma nova dinâmica no " atelier " do Mundo. Depois dos electro-domésticos e dos PC´s rudimentares, dos sapatos e dos têxteis multimodos, os empresários e a locomtiva do partido-Estado chinês resolveram virar-se para o despertar da indústria automóvel. Com o agridoce da conhecida rivalidade triangular entre os EUA- a União Europeia e o Japão com a Coreia do Sul. Nem tudo é fácil, porque o mercado está cada vez mais concentrado e os rivais têem quotas de mercado dificéis de igualar sem colossais investimentos em unidades de raíz. E depois há que esperar pela fornada de novos engenheiros a licenciarem-se fora da China.
O desafio está lançado até porque a Daimler-Chrysler e a Honda, já têm linhas de montagem in loco na província chinesa a acopular veículos para exportar... e para venderem localmente. O baixo de gama não pega: por causa do mercado de usados ter disparado e do processo de garantias funcionar muito melhor. Tudo isto é objecto de um artigo-reportagem em directo na edição de hoje do NY Times, num extenso e articulado artigo escrito por Keith Bradsher.
Fundamentalmente, os empresários chinesem- já existem os construtores Geely, a Chery, a Shangai Automotive e a Nanjing Automobile- têm que investir muito em fábricas e nos cursos de electrónica e mecânica automóvel, com ou sem a ajuda dos " instrutores " do exército chinês, sinaliza o jornalista. A Honda e a Daimler-Chrysler constroem já em joint-ventures alguns utilitários na China quase exclusivamente para exportação no futuro imediato.
Os empresários e comerciantes ocidentais multiplicam os testes aos protóptipos que a Geely e a sua concorrente, a Chery, têm enviado para aprovação na Alemanha e nos EUA. De uma forma geral, os utilitários podem vir a ser comercializados mas, tão só, nos países de África e da àsia que colaboram com a China no capítulo das trocas comerciais fomentadoras. Só que o domínio mundial dos grandes construtores não lhes permitem sonhar com melhores mercados. Porque a Hyundai e a Kia fazem muito bem esse serviço e a Toyota e a Honda disputam palmo-a-palmo todo esse segmento de vendas popular de grande êxito nas citadas paragens orientais.
Os construtores chineses são mesmo alvo de desfeitas da parte dos congéneres estrangeiros, especialmente os japoneses, que como possuem uma enorme e ganhadora experiência os amordaçam e subalternizam. Os japoneses jogam com os dispositivos sofisticados- que os chineses não têem por hora, e por isso agradam a todos os parceiros comerciais dos exigentes mercados norte-americano e europeu, salienta o jornalista.
FAR
quarta-feira, 18 de outubro de 2006
Um grande blogue...
...É o Pratinho de Couratos. Não conheçendo pessoalmente o Maturino Galvão, ao contrário do Armando, descobri um excelente escritor, observador mordaz e corrosivo, daqueles que hoje são raros.
terça-feira, 17 de outubro de 2006
Mais da avestruz
Escreve o João Miranda:
«Para o André Carapinha, como para todos os anti-capitalistas, o capitalismo é um jogo de soma nula, pelo que se alguns ganham, só pode ser porque outros perdem (o crescimento do PIB mundial nos últimos 200 anos é um fenómeno inexplicável).»
Pergunto eu ao João Miranda: quanto desse crescimento do PIB mundial se deveu à escravatura e ao colonialismo?
Subscrever:
Comentários (Atom)













